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Vazamento de arquivos do Google dá insights para estratégias de SEO do e-commerce

Por: Guilherme da Luz

É especialista em Organic Search pela Quinstreet Brasil (Nasdaq: QNST). Com 15 anos de experiência de mercado, já trabalhou com algumas das maiores marcas que atuam online e offline, incluindo Google, Microsoft, Benetton, BBC, Avon, Heineken, Mars, Jaguar, Sotheby’s, entre outras. Tem contribuído na adaptação de campanhas publicitárias internacionais para o Brasil (Transcreation), além de estar sempre encontrando oportunidades para atrair, envolver e converter público-alvos por meio da busca orgânica. Seguroauto.org, Planodesaude.net e Emprestimo.org são alguns de seus trabalhos que se destacam no topo das pesquisas no Google, em mercados extremamente competitivos.

Saiba como o vazamento de dados do Google revelou a importância crucial de estratégias avançadas de SEO para garantir a visibilidade e o sucesso no e-commerce.

Mais de 2.500 páginas confidenciais do Google vieram à tona num vazamento histórico. Não se trata de uma brecha na segurança dos usuários diretamente nem nada do tipo, mas o impacto é gigante: trata-se da abertura de uma “caixa-preta da internet” sobre como o gigante das buscas determina o ranking dos seus resultados.

A palavra-chave aqui é SEO, sigla para “Search Engine Optimization”, isto é, “Otimização do Motor de Buscas”, em tradução livre. Na prática, é isso que foi exposto acima: a lógica através da qual o Google exibe os resultados das pesquisas feitas no seu buscador.

Os mais de 14 mil arquivos vazados mostraram ao mundo que a gigante das buscas adota práticas que dão clara preferência para quem otimiza o SEO de toda forma que pode. Mas como isso impacta quem trabalha com e-commerce, por exemplo? Impacta porque, independentemente da estratégia anterior, agora todos têm que rever a forma como alimentam a web com seu conteúdo, pois ficou claro para todos como o Google em si dá preferência para o ranqueamento.

A necessidade de estratégias de SEO avançadas

O que já era uma intuição generalizada há muitos anos se tornou verdade incontestável com o vazamento de dados do Google: o SEO virou a bússola dos resultados em buscadores da web, e nenhum deles, claro, é maior do que o próprio Google.

Tal “revelação” deixou claro que qualquer empresa, criador de conteúdo ou simples usuário que precisar ser ranqueado no alto das buscas só vai conseguir isso fazendo o que o Google quer, que é um SEO avançado em termos de conteúdo e formato.

O impacto é particularmente grande dentro da área de e-commerce, especialmente porque ficou claro com o vazamento que, acima de tudo, o Google está interessado em cliques diretos, e não em qualidade orgânica do que é inserido no seu banco de dados como prioridade. E já está mais do que provado que as vendas online podem abarcar todo tipo de negócio e produto.

É por essas e outras que investir pesado na otimização do conteúdo via estratégia clara de SEO se tornou uma prioridade. A preocupação com metadescrições e titles, inclusive nas imagens, densidade de palavra-chave sem exageros, links de referência, velocidade da página, baixa rejeição e outros pontos é algo fundamental para ranquear.

Considerando ainda que dentro do e-commerce já é difícil competir com gigantes como Amazon e Mercado Livre, para ficar nas mais famosas, ranquear no mínimo perto dos resultados desses colossos do comércio digital virou questão de sobrevivência nos negócios.

Algumas dicas acionáveis

Abaixo estão alguns insights que podem ser tirados de toda a informação que vazou:

– Pense no usuário: estatísticas como tempo na página e cliques no site depois de entrar são valorizadas. Não pense apenas no ranking, e sim em segurar o usuário.
– Atualize seu conteúdo sempre, mesmo que esteja sendo bem posicionado no Google. O buscador valoriza conteúdo novo e atualizado, especialmente de sites de boa reputação.
– Consiga links de boa qualidade, de sites atualizados – não apenas com DA alto, mas com conteúdo relevante.

Impacto direto no e-commerce

O que era consenso para quem criava conteúdo/produzia e comercializava na internet era de que, embora o SEO fosse uma ferramenta vital para o marketing digital, ele não era tudo. Qualidade orgânica, publicidade (orgânica e patrocinada) e outros elementos eram vistos como igualmente importantes.

Com o vazamento, porém, a percepção mudou de forma clara; o marketing digital deve ser a prioridade máxima, simplesmente porque, caso contrário, o Google em si não vai mostrar seu conteúdo na página de buscas – e ela ainda é vital para o e-commerce.

Devemos notar ainda que, embora o vazamento diga respeito às estratégias do Google, elas também podem ser aplicadas a outras ferramentas que têm sido usadas como buscadores – hoje, notadamente, redes sociais, especialmente Instagram, TikTok e Facebook.

O marketplace dessas (e outras) redes também bebe diretamente da fonte do SEO avançado, e a tendência é de que as buscas ali (especialmente em TikTok e Instagram) cresçam com força, considerando a demografia dos usuários.

Assim sendo, o e-commerce – seja em plataformas próprias, seja via redes sociais – é impactado diretamente à luz desses dados, que deixam claro que o conteúdo bom já não é suficiente; é preciso apresentá-lo de forma que seja interessante para o Google e os buscadores como um todo – caso contrário, o ranqueamento despenca, simples assim.

Investindo em SEO como parte da estratégia de marketing digital

Deve estar claro que, com o vazamento de dados sobre SEO, o impacto na web é imediato e inclui diretamente todo o ramo do e-commerce. Dessa forma, quaisquer que forem os próximos passos a serem dados, é preciso levar em consideração os fatos que vieram à luz.

Investir em SEO de forma séria e com a mão firme se tornou questão não de “luxo”, como era visto por muitos empreendedores online, mas uma ferramenta básica de subsistência na web.

Está nítido que o orgânico só tem capacidade de levar o vendedor, bem como o criador de conteúdo, até certo ponto, e dali em diante ele precisa diversificar e aprofundar a otimização daquilo que disponibiliza para o público final.

A questão, no fim das contas, não é conversar com o público-alvo mais – é simplesmente chegar até ele, especialmente quando se trata de e-commerce. O meio para isso, naturalmente, é um só: agradar os buscadores e não lutar contra os algoritmos, mas sim aprender a nadar na mesma correnteza que eles, pois isso é, a bem da verdade, inevitável.