A pesquisa Elas no E-commerce, realizada pela Nuvemshop, descobriu que 67% das mulheres entrevistadas já se dedicam exclusivamente ao seu negócio digital. Além disso, pouco mais da metade delas (53%) se sentiu mais desafiada e satisfeita com sua carreira ao empreender online. De acordo com a empresa, cerca de 6 em cada 10 pequenas e médias lojas virtuais do país já são administradas pelo gênero feminino.
Ainda segundo a pesquisa, os benefícios do empreendedorismo no e-commerce para elas são diversos:
– 33% afirmam conseguir um aumento na renda mensal;
– 31% têm mais tempo para se dedicar a atividades pessoais;
– 20% conseguem cuidar melhor de sua saúde mental e física.
Para Mylena Gama, gerente sênior de Comunicação e Marca da Nuvemshop, a pesquisa foi desenvolvida a fim de entender o perfil do empreendedorismo feminino no comércio online. “Já tínhamos o conhecimento da relevância das mulheres no setor, mas queríamos ir mais a fundo, compreendendo suas motivações e desafios”.
Personagens da pesquisa Nuvemshop
Uma dessas empreendedoras entrevistadas é Camila Lopes, que faz parte do grupo de influenciadoras da Nuvemshop. “Eu aprendi a fazer meus próprios colares que chamaram atenção do meu círculo pessoal. No início, vendia apenas no Instagram e precisei abrir um e-commerce para conseguir atender à alta demanda. Em 2020 comecei a criar coleções temáticas dos meus produtos e a estratégia fez meu negócio vender ainda mais”, relata a empreendedora.
Aline Djanikian também atua dentro do marketplace, à frente da empresa da família que existe há mais de 80 anos. Aline, neste caso, foi responsável por digitalizar o negócio que ainda não estava inserido no ambiente digital. De setembro de 2021 para o mesmo período de 2022, a loja online cresceu mais de 740%.
Objetivos comuns entre empreendedoras online
Os casos de Camila e Aline são exemplos do motivo pelo qual as mulheres buscaram o empreendedorismo online:
– 60% queriam expandir seu negócio para alavancar suas vendas;
– 43% buscaram mais autonomia e liberdade;
– e 38% buscaram criar fontes alternativas de renda.
Ainda, o segmento das empreendedoras (Acessórios) é o segundo mais popular entre as donas de pequenos e médios comércios online no país, representando 12%. Moda e Vestuário lideram o ranking de popularidade entre segmentos com 40%, enquanto Artesanato (10%) completa a lista dos três primeiros na terceira posição.
Desafios e tendências para as mulheres empreendedoras
Dentro da pesquisa, 33% das entrevistadas se sentem contempladas financeiramente ao conseguir maior renda mensal. No entanto, 40% delas apontaram que a falta de capital de giro para investir em seu negócio é um dos principais desafios enfrentados ao empreender.
Para o próximo ano, 63% planejam aprender mais sobre estratégias de e-commerce e 40% querem ampliar seus canais de divulgação, principalmente em redes sociais.
“O uso das redes sociais como ferramenta de vendas é uma estratégia poderosa para quem empreende no online. As empreendedoras estão cada dia mais se tornando influenciadoras digitais para promover sua própria marca e, com certeza, essa é uma tendência que se manterá em alta em 2023”, diz Mylena. “A criação de conteúdo online permite maior conexão com o público, gera engajamento e, consequentemente, um aumento nas vendas”.