A humanização da relação comercial é o fator essencial de sucesso, mesmo em um ambiente em que os canais digitais, como o WhatsApp, estejam cada vez mais presentes, afirmou Gustavo Chapchap, CMO da JET, durante o Congresso Auto E-Commerce Show 2021.
Segundo ele, o melhor a fazer é usar a ferramenta para garantir que essa relação humana aconteça e gere vendas. “O futuro e o presente estão no relacionamento. É importante estar em todos os canais possíveis, pois a tecnologia continua sendo o motor da mudança, mas é o consumidor que está no comando”, definiu.
Chapchap citou dados da pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box, de agosto de 2020, indicando que 78% dos consumidores confiam em mensagens que recebem online; 86% deles já se comunicam com as marcas preferidas via WhatsApp; 71% gostariam de receber promoções via aplicativo mensageiro; e 75% estariam dispostos a comprar por esse canal.
“Faz diferença na decisão de compra quando o cliente está comprando, tem uma dúvida e alguém do outro lado o ajuda e cria um vínculo emocional com ele”, garantiu Chapchap.
“Somos entusiastas do e-commerce, mas o fato é que ele tem uma conversão de menos de dois dígitos para compradores e proporciona uma experiência fria e solitária”, completou.
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O aplicativo de mensagens seria, então, “o melhor dos dois mundos” porque traz “temperatura” para a relação comercial. Segundo o especialista, o WhatsApp funciona não só para aumentar as vendas, mas também para melhorar a experiência de compra, principalmente nesse momento de pouco contato físico entre as pessoas.
“Hoje a gente fala menos de produto e mais de relacionamento. Cada vez mais a relação entre marcas e consumidor se aproxima de uma relação pessoal. Isso tem um motivo: as pessoas precisam confiar na marca da mesma forma que confiam num bom amigo”, justificou Chapchap.
Maior interação, melhor conversão
De acordo com o especialista, o WhatsApp é excelente “porque permite a interação no nível mais humano e ajuda o vendedor, que teve queda no fluxo das lojas e precisa aumentar a conversão e o tíquete médio em cima de menos clientes”.
“Neste cenário, a experiência do cliente é o último fator no campo de batalha”, disse ele, lembrando que o perfil dos brasileiros vem mudando. “Um quarto da população é composto pela geração Z, que só quer ter uma boa experiência”.
Por Nathalia Barboza, especial para o E-Commerce Brasil