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96% dos consumidores pretendem comprar no e-commerce durante a Black Friday 2024

Por: Helena Canhoni

Jornalista

Bacharel em Comunicação Social pela ESPM. Experiência em tráfego pago, cobertura de eventos, planejamento de marketing e mídias sociais.

De acordo com a Pesquisa de Intenção de Compras para a Black Friday 2024, da LWSA, os consumidores estão se preparando antecipadamente para a data e consideram os canais digitais dos varejistas como a principal fonte de pesquisa de ofertas.

O estudo foi realizado em parceria com Bling, Tray, Melhor Envio e Opinion Box.

Black Friday escrito em bloquinhos de madeira cercado de confetes
Imagem: reprodução

Segundo o levantamento, 57% dos entrevistados apontam os sites e redes sociais das empresas como a principal forma de obter informações sobre descontos. Outros meios utilizados incluem perfis nas redes sociais focados em promoções (24%), e-mails promocionais (37%), sites de comparação de preços (25%), grupos no WhatsApp voltados para descontos (20%), influenciadores digitais (18%) e informativos no WhatsApp das lojas (17%).

Marcelo Navarini, diretor do Bling, comenta: “neste período pré-Black Friday, conhecer os hábitos do consumidor e onde estão as fontes em que ele confia para decidir a compra é um grande diferencial para os lojistas”.

A pesquisa revela que 75% dos consumidores pretendem fazer compras em marketplaces, seguidos pelos sites próprios das marcas. As principais razões para essa preferência são: frete grátis (59%), melhores preços (55%) e possibilidade de comprar diferentes itens em uma mesma loja (38%).

Comportamento de compra

Com a Black Friday já consolidada no varejo brasileiro, a LWSA aponta um amadurecimento no comportamento dos consumidores. Cerca de 60% dos entrevistados afirmam que o valor do frete é definitivo para sua decisão de compra, enquanto 40% não estão dispostos a pagar mais caro pelo envio rápido de um produto.

Vanessa Bianculli, gerente de marketing do Melhor Envio, reforça: “oferecer frete grátis para produtos específicos ou para compras acima de um determinado valor cria um incentivo irresistível para que os consumidores finalizem suas compras, aumentando o valor do carrinho”.

Entre as categorias de produtos mais desejadas, eletrônicos lideram as intenções de compra, com 51% dos consumidores planejando adquirir itens desse segmento. Roupas aparecem em seguida, com 46% das preferências, enquanto 45% dos entrevistados demonstraram interesse em comprar eletrodomésticos.

Além disso, os fatores que mais influenciam o desejo de compra incluem anúncios na internet (65%), redes sociais (59%) e influenciadores digitais (19%).

O que não fazer

Já os principais motivos que levariam os consumidores a desistir de uma compra, mesmo com uma boa oferta, estão:

  • Taxas de frete elevadas (57%);
  • Preços mais altos que em outros períodos (50%);
  • Desconfiança em relação à loja (45%);
  • Baixa reputação em sites de avaliação (43%);
  • Avaliações negativas nas redes sociais (42%);
  • Desconto ou oferta não atrativos o suficiente (40%).

“Com a consolidação da Black Friday no Brasil, os consumidores passaram a analisar de forma cada vez mais criteriosa as ofertas para o período, buscando comparar preços, conhecer a reputação da empresa em sites de venda, entre outros pontos antes de decidir pela compra”, explica Thiago Mazeto, diretor da Tray.

Expectativa de gastos

Para este ano, a intenção de compra na data ultrapassa a porcentagem registrada em 2023 – 87% compraram no período – e em 2024, 96% dos consumidores afirmam que planejam comprar online na Black Friday. Além disso, 54% esperam gastar mais de R$1.000,00 e 58% consideram o parcelamento um fator decisivo para a compra.

Entretanto, apenas 44% dos consumidores se planejam financeiramente para a Black Friday.

Para o pagamento, 75% preferem usar o cartão de crédito, sendo que 81% pretendem usá-lo para compras online e 75% para compras físicas.

Monisi Costa, diretora de Payments da Vindi, detalha: “o parcelamento no cartão de crédito é preferido por consumidores devido à possibilidade de diluir pagamentos sem comprometer o orçamento, além de maximizar benefícios como milhas e cashback. Do lado dos lojistas, essas modalidades aumentam o ticket médio, eliminam objeções de compra e garantem liquidez imediata, especialmente útil em períodos de alta demanda”.