O Alibaba Cloud, braço de computação em nuvem da gigante chinesa de comércio eletrônico Alibaba, tornou-se lucrativa pela primeira vez no fim de 2020, anunciou a empresa em seu relatório de lucros.
A unidade de nuvem da empresa alcançou EBITA ajustado positivo (lucro antes de juros, impostos e amortização) durante o trimestre, depois de estar no negócio desde 2009. O marco é em parte resultado da “realização de economias de escala”, disse o Alibaba.
O Alibaba Cloud, que incorpora desde banco de dados, armazenamento, análise de big data, segurança e aprendizado de máquina até serviços de IoT, dominou o mercado de infraestrutura em nuvem da China nos últimos anos e sua participação no mercado mundial continua a crescer. Em 2019, o gigante da nuvem era a terceira maior empresa de nuvem pública (fornecendo infraestrutura como serviço) do mundo, com um mercado de 9%, atrás da Amazon e da Microsoft, de acordo com reportagem do TechCrunch.
Computação na nuvem na pandemia
A Covid-19 tem sido uma oportunidade para a adoção da nuvem e digital em todo o mundo, pois o vírus força as atividades offline e online. Por exemplo, o Alibaba observa em seus ganhos que a demanda por digitalização na indústria de restaurantes e serviços permanece forte no período pós-Covid na China, uma tendência que beneficia seu aplicativo de entrega de comida e serviços sob demanda, Ele.me. A receita de nuvem da empresa cresceu para US$ 2,47 bilhões no trimestre de dezembro, principalmente impulsionada pelo “crescimento robusto na receita de clientes nos setores de internet e varejo e do setor público”.
O comércio continuou sendo o maior impulsionador da receita do Alibaba no último trimestre, respondendo por quase 70% da receita, enquanto a nuvem contribuiu com 7%.
O segmento de nuvem da Tencent é o rival mais próximo do Alibaba Cloud. Em 2019, tinha um mercado global de 2,8%, de acordo com a publicação.
Uma estratégia chave para o crescimento do Alibaba Cloud é a integração da nuvem ao aplicativo de bate-papo corporativo do Alibaba, Dingtalk, que a empresa espera que possa direcionar as indústrias em todos os setores para os serviços em nuvem. É uma relação que ecoa entre o Microsoft 365 e o Azure.
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Fonte: TechCrunch