Alibaba, a gigante chinesa de e-commerce, revelou na terça-feira (27) planos de buscar uma listagem primária de suas ações em Hong Kong, num momento em que empresas chinesas sofrem crescente pressão regulatória tanto na Ásia quanto nos EUA. O anúncio vem num momento em que China e EUA divergem sobre auditorias de empresas chinesas listadas em território americano.
Mais de 250 companhias chinesas, incluindo o próprio Alibaba, enfrentam a possibilidade de fechar capital nos EUA se os dois países não chegarem a um acordo para que reguladores americanos inspecionem documentos de auditoria de firmas chinesas.
A nova listagem primária em Hong Kong, que o Alibaba espera concluir até o fim deste ano, também abrirá o caminho para que ações da empresa fiquem mais acessíveis a investidores da China continental.
O Alibaba estreou na Bolsa de Nova York em 2014, após o que foi até então a maior oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) de ações já realizada, e manterá a listagem. Em 2019, a empresa obteve uma listagem secundária em Hong Kong.
As ações do Alibaba nos EUA são bem mais líquidas. No primeiro semestre do ano, o volume diário médio de negócios com papéis da empresa em Nova York foi de cerca de US$ 3,2 bilhões, ante US$ 700 milhões em Hong Kong.
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Fonte: Broadcast Estadão, com informações da Dow Jones Newswires