O live commerce decolou na China há alguns anos e, agora, a Amazon que “importar” o sucesso dessa prática aos Estados Unidos., algo que a Amazon está tentando mudar ao atrair os influenciadores certos para promover produtos em sua plataforma.
“As compras ao vivo são o futuro do varejo”, disse Wayne Purboo, vice-presidente de Publicidade da Amazon, ao Financial Times. O executivo é responsável pelo Amazon Live, recurso interativo de compras de vídeo ao vivo (ou live commerce) da companhia.
Os compradores chineses adotaram o e-commerce ao vivo, mas o mercado dos EUA ainda está emergindo e tentando ganhar força, segundo analistas, informou o FT. A TikTok Shop abandonou os planos de expansão nos EUA e na Europa depois de lutar para encontrar uma base de público no Reino Unido. A Douyin mais que triplicou as vendas ano a ano, vendendo mais de 10 bilhões de produtos desde o lançamento das compras ao vivo.
A Amazon realizou ações para atrair influenciadores importantes, incluindo bônus de assinatura e viagens à praia, de acordo com agências de influenciadores.
Sem uma força dominante de compras de transmissão ao vivo nos EUA, a Amazon procura assumir a liderança e se tornar o destino central e afastar a concorrência do TikTok, Instagram e startups menores como a WhatNot, apoiada por Andreessen Horowitz, informou o FT.
“A Amazon está tentando trazer o público de influenciadores para o Amazon Live. É mais fácil falar do que fazer.” Andrew Lipsman, analista da Insider Intelligence, disse ao FT. Lipsman acrescentou que pode ser que os compradores ocidentais simplesmente não estejam interessados no comércio ao vivo, mas isso “ainda não foi estabelecido”.
“Acho que existe essa sabedoria convencional de que é inevitável que se torne uma grande tendência aqui”, disse ele. “E ainda não vi evidências que sugiram que esse seja realmente o caso.”
“A Amazon mudou fundamentalmente o jogo em termos de uma experiência de compra perfeita e não pegajosa”, disse Gaz Alushi, presidente de medição e análise da agência de comércio de criação de mídia social Whalar. O executivo acredita ainda que, como o maior varejista do e-commerce norte-americano, a Amazon tem uma chance de ser o principal player também do live commerce.
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Fonte: PYMNTS