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D2C: principais marcas priorizam venda por marketplaces

Por: Redação E-Commerce Brasil

Equipe de jornalismo E-Commerce Brasil

Nos últimos anos, a dinâmica entre marcas, marketplaces e varejistas passou por mudanças significativas. De acordo com o relatório RetailX Top500 Brands D2C: Europe 2024, os marketplaces vêm conquistando cada vez mais espaço entre os maiores varejistas de e-commerce e multicanal da Europa.

Enquanto os marketplaces ganham terreno, a participação das marcas na lista diminui, refletindo o fato de que as marcas estão explorando um número maior de canais de vendas. Hoje, os marketplaces e as redes sociais estão captando uma fatia do tráfego e das vendas que antes pertenciam a varejistas e aos próprios sites D2C das marcas.

Em 2016, 37% dos negócios de e-commerce e varejo multicanal listados no então InternetRetailing Europe Top500 eram marcas, 44% eram varejistas e 19% eram marketplaces. Já em 2020, mais marcas passaram a vender diretamente ao consumidor em escala suficiente para serem incluídas na lista Europe Top1000, representando 42% do índice, enquanto os marketplaces representavam 20%.

Desde então, os marketplaces cresceram, atraindo mais tráfego e vendendo produtos das marcas para um público maior. Em 2024, as marcas representam apenas 31% da lista Top1000, enquanto os marketplaces aumentaram para 26%, e os varejistas, para 43%. Isso significa que há mais varejistas no Top1000 deste ano do que em qualquer outro momento desde 2017.

A maioria das marcas analisadas no RetailX Brand Index vende seus produtos em marketplaces, seja criando sua própria presença nesses canais ou permitindo que varejistas terceirizados vendam seus produtos nesses sites — ou ambos. As marcas de moda são as mais propensas a seguir essa estratégia, vendendo tanto em marketplaces quanto em redes sociais.

Quase metade (48%) das marcas de moda listadas no relatório disponibiliza seus produtos para compra em um ou mais dos 24 marketplaces estudados pela RetailX. Em menor escala, marcas de eletrônicos de consumo (15%) e de esportes e lazer (6%) também adotam essa prática.

O eBay é o marketplace líder para essas marcas, com produtos de 82% das 320 marcas do Brand Index disponíveis no site. Dois terços (67%) das marcas estão disponíveis para os consumidores europeus no Etsy, marketplace com sede nos Estados Unidos, enquanto Allegro (65%), da Polônia, Amazon (62%), dos EUA, e OnBuy.com (51%), do Reino Unido, também têm participação relevante. No geral, produtos de 86% das marcas podem ser encontrados em marketplaces.

Uma parcela significativa dessas marcas, 58%, tem suas próprias páginas nos marketplaces. Quando isso acontece, a Amazon é a mais utilizada (38%), seguida por Zalando (28%) e eBay (26%).

As marcas de moda (28%) são as mais propensas a ter uma seção exclusiva em um marketplace, seguidas pelas marcas de eletrônicos de consumo (10%).

Embora muitas marcas tenham presença em marketplaces, um número considerável, 41%, também mantém perfis em redes sociais. Entre essas, a maioria opta por estar no Facebook (37%), sendo bem menos comum a presença em outras plataformas, como Pinterest (2%), Instagram, LinkedIn e X (Twitter) (todos com 1%).

As marcas de moda (23%) são as mais propensas a usar redes sociais para vendas, enquanto apenas 2% das marcas de eletrônicos de consumo, utilidades domésticas, joias ou cosméticos fazem o mesmo.

*Com informações do InternetRetailing