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Assistentes de voz são os novos parceiros de compras para Zillennials

Por: Helena Canhoni

Jornalista

Bacharel em Comunicação Social pela ESPM. Experiência em tráfego pago, cobertura de eventos, planejamento de marketing e mídias sociais.

De rotinas cotidianas a gestão de imprevistos, os zillennials (1991 – 1999) utilizam assistentes de voz mais do que as gerações mais velhas. Esse grupo demográfico integra a tecnologia de voz em diversas tarefas, como compras online, gerenciamento financeiro e busca de informações.

Uma pesquisa da PYMNTS Intelligence, baseada em um levantamento com 2.721 consumidores dos Estados Unidos, explora como o uso de tecnologia de voz pelos zillennials se compara ao de outras gerações. Os resultados indicam que a demanda dessa geração por assistentes pode impulsionar avanços nessa tecnologia.

Mulher sentada em cafeteria fazendo compras no computador e usando assistente de voz
Imagem: reprodução

Tarefas do dia a dia

Entre essa geração, a grande maioria utiliza tecnologia de voz para realizar tarefas básicas, pelo menos ocasionalmente. Quase 2/3 relataram ter usado tecnologia de voz em casa no último ano, uma proporção maior do que em qualquer outra geração – os zillennials foram 26% mais propensos do que a população geral a relatar esse uso.

Ainda mais consumidores utilizam tecnologia de voz para identificação e informações. Segundo a pesquisa, 68% disseram ter usado a tecnologia nos últimos 12 meses, uma proporção 18% maior do que a média da amostra. 

Além disso, a maioria utiliza a tecnologia para compras e pagamentos, 55% fizeram isso no último ano, 34% acima da média da população. Da mesma forma, metade dos zillennials usam assistentes de voz para tarefas financeiras, também acima da média por 34%.

A Geração Z apresenta maior adoção de tecnologia de voz em identificação e informações, compras e pagamentos e tarefas financeiras.

Compras, finanças e identificação

Os consumidores frequentemente usam assistentes de voz para apenas uma parte de uma tarefa, em vez de completá-la inteiramente. Por exemplo, em compras, 19% dos usuários de tecnologia de voz – entre todas as gerações – relataram usar assistentes para tarefas de compras e pagamentos, mas também dependem de telas, teclados ou outros meios para finalizar. 

Apenas 10% conseguiram completar essas tarefas exclusivamente por meio de assistentes de voz. 

Os zillennials, no entanto, são mais propensos a adotar uma abordagem exclusivamente baseada na voz. Entre os usuários de assistentes de voz, 14% completaram tarefas usando apenas a tecnologia de voz, 35% mais do que a média geral.

No caso de identificação e informações, os zillennials são 9% mais propensos a realizar essas tarefas inteiramente com assistentes de voz. Eles também lideram no uso de assistentes para tarefas domésticas completas: 27% relataram fazer isso no último ano, uma porcentagem maior do que em qualquer outra geração.

Os zillennials também lideram no uso de assistentes de voz para concluir tarefas financeiras completamente. 15% deles realizaram essas tarefas no último ano, em comparação com 11% da amostra geral, tornando-os 43% mais propensos do que as outras gerações.

Assistência para compromissos

Os zillennials, de acordo com o relatório, são mais propensos a dizer que usariam tecnologia de voz — desde que fosse tão inteligente e confiável quanto uma pessoa — para ajustar-se a eventos inesperados.

Por exemplo, caso o trânsito estivesse mais intenso do que o normal, um assistente de voz poderia avisá-los para sair mais cedo para um compromisso; 43% dos zillennials disseram que usariam essa opção, 19% acima da média geral. Além disso, 41% indicaram que utilizariam assistentes de voz para reagendar reservas devido a congestionamentos, 22% acima da média.

Os zillennials também são os mais propensos a usar a tecnologia para situações como remarcar o horário de um Uber em caso de atrasos em voos, com 14% mais propensão do que a média.

Finalmente, os zillennials destacam-se no uso de tecnologia de voz em situações críticas, como após um acidente de carro. Quase metade disse que seria altamente provável usar a tecnologia para buscar ajuda e contatar amigos e familiares — 13% acima da média geral.

Fonte: PYMNTS