Simplicidade no processamento B2B. De acordo com Osvaldo Keller, essa é a palavra de ordem dentro da DPaschoal, grupo que atua como Diretor de Tecnologia & Transformação Digital. Mas, como simplificar um processo de integração enorme e complexo para que a peça automotiva chegue até o cliente de forma rápida e assertiva? Ele explicou isso e muito mais no Auto E-Commerce Show, que você acompanha a seguir!
B2B – da fábrica para o cliente
Como transacionar a informação do mercado ao fabricante (e vice-versa)? Segundo Keller, isso foi possível dentro do B2B DPaschoal a partir da DPKonecta, plataforma lançada pouco antes da pandemia, em 2019. “De um lado temos um acesso que vem da base de vendas e procura de produtos, com mais de 3 milhões de logs/mês. Tudo isso é repassado à fábrica, que entende as necessidades de produção”. Segundo ele, entre os dados enviados à fábrica estão informações sobre quais os produtos mais buscados daquela fábrica e categoria, inclusive em níveis de SKUs. “O fabricante acessa quais os produtos mais buscados e menos buscados, por exemplo. A partir de uma inteligência de pricing, é possível detectar os motivos dessas disparidades e equilibrar os preços trabalhados”.
Leia também: Estratégias para conquistar uma boa gestão de catálogo de produtos
Ou seja, a partir da inteligência da plataforma, a fábrica têm ciência de como trabalhar a precificação dos produtos. Se o índice de conversão está acima, pode ser que o preço esteja muito abaixo. Se a venda do produto está baixa, um dos motivos pode ser o preço acima da média. “Essa base de informações trazida pelo mercado auxilia, inclusive, no momento de adequar a precificação em tempo real. Afinal, quando falo do mercado automotivo, não se trata apenas de uma venda perdida, mas sim de um carro em manutenção parado no mecânico por falta daquela peça”.
Inteligência para a indústria
Tamanha é a precisão dos dados da plataforma, que Keller trouxe ao evento uma ocasião curiosa ocorrida recentemente. “Tivemos uma ‘discussão’ com uma fábrica sobre a demanda de uma peça em uma determinada região. Como era um produto fora de linha, era preciso muito interesse para retomar sua produção — sem contar que não acreditavam que aquela região precisaria da peça. Provamos com os dados e eles retomaram a produção, que foi sucesso imediato de vendas. Provamos mais uma vez que a inteligência de informação deve ser levada a sério”, enfatizou.
Estratégia de marketing e distribuição no B2B
Dentro do universo B2B, Keller ressalta que não pode realizar uma estratégia de marketing sobre a sua empresa (DPaschoal), mas sim com base em dados em conjunto com a fábrica. “Consigo mostrar a performance por categoria para a fábrica, e eles produzem de acordo com essa parceria, olhando para todo o ecossistema”. Além da questão de marketing, Keller lembra da complexidade logística para o direcionamento dos produtos — afinal, são 28 centros de distribuição DPaschoal para serem abastecidos corretamente. “Precisamos ser sempre mais rápidos e assertivos nessa etapa, a fim de otimizar a vida do cliente”.
Para tanto, uma das estratégias da empresa é abrir toda a informação com o parceiro, a fim de conectar com todas as pontas da cadeia. “Somos um distribuidor, e não revenda. Com a ponta lá na fábrica, contribuímos até mesmo com a produção das peças. Portanto, esse processo garante um passo além, uma vez que a fábrica produz de forma assertiva o componente, inclusive otimizando a utilização da matéria prima”.
Ou seja, o sistema integrado B2B DPaschoal basicamente “retroalimenta” os dados da indústria com informações do mercado, contribuindo para o ecossistema como um todo. “Ganham o cliente, a fábrica, o distribuidor e toda a cadeia B2B. Fazemos questão de não analisar as verticais, mas sim a parte sistêmica, de ponta a ponta, para auxiliar todos os envolvidos”, finalizou Keller.
Por Giuliano Gonçalves, da redação do E-Commerce Brasil.