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Brasileiros aumentam em 2,29% consumo dos lares no primeiro semestre, segundo ABRAS

Por: Helena Canhoni

Jornalista

Bacharel em Comunicação Social pela ESPM. Experiência em tráfego pago, cobertura de eventos, planejamento de marketing e mídias sociais.

Carrinho de supermercado vazio em gondola de itens congelados
Imagem: reprodução

De acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), o Consumo dos Lares Brasileiro encerrou o período de janeiro a junho com uma alta acumulada de 2,29%. Na comparação com junho de 2023, o indicador apresentou +0,31%, porém entre maio de 2024 e junho de 2024 foi registrada uma queda de 1,80%.

Os indicadores são deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA),  registrado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Doações impulsionam consumo

O recuo observado em junho, segundo o levantamento, é decorrente do pontual aumento no volume de doações de alimentos, itens de higiene e limpeza ao Rio Grande do Sul no mês de maio. No quinto mês do ano, o consumo dos lares fechou com um crescimento de 6,52% – em função também do dia das mães e do aumento sazonal da demanda de arroz para abastecimento

Marcio Milan, vice-presidente da ABRAS, comenta: “encerramos o primeiro semestre com resultado positivo e em patamar próximo da estimativa do setor para o ano, de 2,50%”.

Recursos de destaque

Segundo a pesquisa da ABRAS, os principais recursos que movimentaram o consumo foram a antecipação do pagamento de R$ 30,1 bilhões em precatórios em fevereiro e o 13° salário para 3,6 milhões de aposentados, pensionistas e beneficiários dos auxílios do INSS – datado a partir de 24/04.

“A consolidação dos programas de transferência de renda do Governo Federal que sustentaram o consumo em domicílio ao longo do ano”, explica o vice-presidente.

Além disso, outros recursos representaram aumento na condição financeira dos consumidores, como por exemplo: 

  • Programa Pé-de-Meia do Governo Federal tem projeção para inclusão de R$ 6 bi no mercado ao longo do ano;
  • Bolsa família com repasses estimados em R$ 14 bilhões mensais;
  • Pagamento do PIS-Pasep com montante de R$ 28 bilhões destinados a 25 milhões de trabalhadores (fevereiro a agosto);
  • Auxílio-Gás, pagamentos bimestrais (fevereiro, abril e junho) na casa de R$ 592 milhões; e
  • Restituição do imposto de renda da pessoa física (31/05 e 28/06) estimado em R$ 18 bilhões.

“A empregabilidade no setor formal, o aumento real da renda, a antecipação de recursos e outros montantes injetados na economia no período mantiveram o consumo em trajetória semelhante à registrada no ano anterior”, finaliza Milan.