O grande “boom” do live commerce chinês fez com que o governo do país olhasse com novos olhos para a regulamentação. Nesta sexta-feira (23), novas regras foram adotadas sobre a prática, incluindo exigências de as plataformas de transmissão ao vivo configurem um sistema para classificar os usuários internamente por métricas, como visualizações e transações.
Agora, as plataformas também devem estabelecer sistemas de gerenciamento de risco para proteção contra táticas de marketing suspeitas ou ilegais, tomando medidas como avisos pop-up, limitação de tráfego e interrupção da transmissão ao vivo.
Leia também: Live Commerce: como as experiências digitais se traduzem em receita
A nova regulamentação exige ainda que as plataformas devem verificar a identidade dos hosts da transmissão ao vivo antes de cada sessão. Além disso, fica proibida a participação de menores de 16 anos na programação.
A Administração Estatal de Regulamentação do Mercado, o principal órgão de fiscalização do mercado da China, introduziu anteriormente um conjunto de regras que regem as vendas ao vivo. Esses regulamentos foram um complemento importante para a Lei do comércio eletrônico de 2019, pois a venda por transmissão ao vivo ganhou popularidade.
O comércio eletrônico com transmissão ao vivo se tornou essencial para o marketing chinês da era pandêmica. De acordo com o Ministério do Comércio da China, mais de 4 milhões de sessões de e-commerce foram transmitidas ao vivo no primeiro trimestre de 2020.