Com as medidas de quarentena determinadas pelo governo do estado de São Paulo, só os serviços essenciais (como saúde) estão funcionando e a logística das empresas mudou. É a grande oportunidade para os e-commerces darem as caras e ajudarem a população a conseguirem produtos e serviços pela internet.
Com o mundo físico em transição, quem ainda não tinha negócios online, tem se deparado com duas opções: entrar em desespero ou migrar para alguma plataforma e transformar seu comércio em uma versão eletrônica.
Quem já tinha negócios online antes do coronavírus, está se destacando. No Mercado Livre, por exemplo, considerado o maior portal de comércio eletrônico da América Latina, a crise de saúde pública se tornou um baita negócio. A pandemia fez aumentar em 50% a busca por itens de primeira necessidade, como alimentos e itens de higiene e limpeza.
A informação é do portal Jota. De acordo com o site, bens duráveis e de maior valor, como produtos eletrônicos, tiveram queda nas vendas online. Quem revelou esses dados para o Jota foi Leandro Bassoi, vice-presidente do Mercado Envios (unidade de negócios de Logística do Mercado Livre) na América Latina.
Mas, nem tudo são boas notícias, a empresa está enfrentando dificuldades com as políticas restritivas de circulação, em cada região por onde eles precisa passar para fazer as entregas.
Bassoi disse ao Jota que a companhia fez “muitos ajustes”. Primeiro, o grupo criou há três semanas um comitê diário para falar sobre o assuno. Uma das primeiras coisas a ser feita foi ligar para os players do mercado na China e na Coreia do Suil para saber o que fizeram para resolver os problemas de logística locais.
Operacional
Quando se fala em decisões operacionais, a rotina da empresa mudou, seja para quem trabalha no centro de distribuição, seja para quem é da logística.
O que fizeram foi simples. Aumentaram o número de ônibus fretados para os funcionários, que só circulam agora com 50% de ocupação para evitar aglomeração.
Na logística, cada pessoa tem contato com, no máximo, oito pessoas durante a operação. A ideia copiada da Coreia do Sul, ajuda a traçar a rota de contato dessas pessoas durante o dia.
Outras medidas:
- Uso de luvas anticorte, higienizadas de forma constante.
- Retirada da obrigação da assinatura no celular para evitar exposição e contágio.