Em 2020, o Aliexpress faturou US$ 74,1 bilhões no festival 11.11 ou do Dia dos Solteiros, bastante popular na China. A título de comparação, o faturamento total do e-commerce brasileiro no mesmo ano é equivalente a 4,4% do faturamento da companhia apenas no período do festival. A empresa não divulga as metas para a data em 2021, mas quer superar a do ano passado. Entre as táticas, estão a oferta de até 80% de desconto.
No ano passado, o mercado nacional movimentou US$ 16,6 bilhões, segundo dados do eBit. De acordo com relatório da Adobe Analytics, nos Estados Unidos, a Black Friday gerou vendas online de US$ 9 bilhões, valor 8,2 vezes menor que o 11.11.
“A expectativa é de aumento nas vendas no Brasil, superando o do ano passado, quando crescemos mais de 100% no período entre o festival e a Black Friday”, afirma Yan Di, Country manager do AliExpress no Brasil, durante coletiva de imprensa online realizada nesta terça-feira (9).
Criado originalmente na China pelo grupo Alibaba, o festival se tornou o mais relevante do calendário do e-commerce mundial em volume de bens transacionados.
Além do preço mais baixo, mais de 900 mil fabricantes, distribuidores e marcas famosas de todo o mundo aderiram ao festival. Na China, a companhia conta com 9 centros automatizados, onde os produtos são embalados e entregues em tempo recorde. Robôs e máquinas autônomas vão separar e embalar os pedidos feitos por usuários do mundo todo tão logo estes forem efetuados no marketplace.
Ainda de acordo com o executivo, o Aliexpress freta 80 voos semanais em todo o mundo, sendo 5 no Brasil. Em breve, serão 6 voos para o país. Para determinados produtos, será oferecido frete grátis em alguns períodos.
Esta é a primeira edição do festival com a participação de vendedores brasileiros. Em agosto, a companhia lançou o “local to local”, plataforma que permite a entrada de vendedores brasileiros. O Aliexpress não divulga o número de vendedores brasileiros que fazem parte da plataforma, mas afirma que a quantidade superou as expectativas já nas primeiras semanas.
Ainda de acordo com Di, a operação “local to local” também funciona devido à integração com a PegaKi, que está inserida no Grupo Intelipost. Desta forma, os sellers podem deixar os produtos em pontos próximos, possibilitando a coleta direta.
“Este recurso está permitindo integrar múltiplos parceiros logísticos, reduzir os custos de entrega em até 70% e assegurando que compras feitas por consumidores que estão na mesma cidade ocorram em, no máximo, 48 horas”, afirma Viviane Almeida, gerente de operações Local to Local.
Agora, vendedores locais também estão elegíveis para fazer transmissões ao vivo e se beneficiar das ferramentas de Live Commerce do AliExpress, tipo de comércio eletrônico que apresenta taxa mais acelerada de crescimento.
A plataforma também diminui o prazo de recebimento de reembolso, após a implementação da devolução local, já que os clientes podem devolver os produtos para um parceiro no Brasil, sem precisar esperar que o produto chegue até a China, segundo Yan Di.
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Por Dinalva Fernandes, da redação do E-Commerce Brasil