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E-commerce cresceu 8,1% em julho de 2024, aponta ICVA

Por: Helena Canhoni

Jornalista

Bacharel em Comunicação Social pela ESPM. Experiência em tráfego pago, cobertura de eventos, planejamento de marketing e mídias sociais.

Em julho o faturamento do varejo caiu 1,3% – descontada a inflação – quando comparado ao mesmo período no ano anterior, segundo o Índice Cielo do Varejo Ampliada (ICVA). Considerando o valor em termos nominais, ou seja, espelhando a receita de vendas dos varejistas e a inflação, uma alta de 2,8% foi observada. 

Prateleiras de supermercado com produtos diversos, em tons escuros
Imagem: reprodução

Olhando para três macrossetores, bens duráveis e semiduráveis, bens não duráveis e serviços todos recuaram. A maior variação negativa, para bens não duráveis, foi de 1,8% para livrarias e papelarias. Os serviços caíram 0,9%, sendo influenciado pelo segmento de estética e cabeleireiros. Já os bens duráveis e semiduráveis apresentaram a queda mais acentuada (0,8%) por conta do vestuário e artigos esportivos.

Carlos Alves, vice-presidente de tecnologia e negócios da Cielo, explica: “as quedas em dois segmentos, bares e restaurantes e supermercados e hipermercados, ajudam a explicar boa parte da retração do varejo em julho. Esse movimento também foi observado nos meses de abril e junho deste ano”. 

Crescimento das vendas de receita no Brasil, indice da Cielo
Imagem: reprodução, Cielo

Os resultados de julho só não foram piores, de acordo com a pesquisa, por conta do calendário; em 2024, o varejo teve uma terça-feira e uma quarta-feira – dias mais movimentados – adicionais do que ano passado.

“Um atenuante para julho foi o desempenho de turismo e transporte e recreação e lazer, setores que podem ter sido puxados pelas férias escolares”, completa o executivo.

E-commerce vs. inflação

Refletindo sobre a receita observada pelos varejistas, o e-commerce cresceu 8,1% em termos nominais no mês de julho. Por outro lado, as vendas presenciais cresceram 1,6% em relação ao mesmo mês em 2023. 

Além disso, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) –  prévia do IPCA divulgada pelo IBGE – contabilizou uma alta de 0,30% no mês de julho. De acordo com a organização, o impacto veio de uma alta no setor de transportes, especialmente pelo reajuste no preço das passagens aéreas. 

A inflação acumulada do varejo ampliado, em 12 meses, foi de 4,45% – ponderando o IPCA e o IPCA-15 pelos setores e pesos do ICVA.

Variações por região

Os resultados por região em julho de 2024, considerando o ICVA deflacionado e os ajustes de calendário, foram:  Sul (0,0%), Sudeste (-2,2%), Nordeste (-2,7%), Norte (-2,9%) e Centro-Oeste (-4,5%).

Do ponto de vista do ICVA nominal – sem o desconto da inflação e com ajuste de calendário – os resultados ficaram da seguinte maneira: Sul (+3,3%), Sudeste (+3,2%), Norte (+0,9%), Nordeste (+0,7%) e Centro Oeste (0,0%).

Diferindo da média nacional, o varejo do Rio Grande do Sul registrou 2,9% de crescimento em julho. Para Alves, “a alta foi impulsionada por vendas de materiais de construção, móveis e eletrodomésticos, o que sugere uma retomada do varejo gaúcho”.