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E-commerce de cervejas "fecha as portas" por causa da lei do ICMS

Por: Alice Wakai

Jornalista, atuou como repórter no interior de São Paulo, redatora na Wirecard, editora do Portal E-Commerce Brasil e copywriter na HostGator. Atualmente é Analista de Marketing Sênior na B2W Marketplace.

A nova regulamentação do ICMS já está impactando seriamente as lojas virtuais, principalmente os pequenos. Na última terça-feira (12), o e-commerce O Caneco, focado em vender cervejas artesanais produzidas em Santa Catarina precisou encerrar as atividades por conta das mudanças no recolhimento do imposto.

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Sediado em Blumenau (SC), O Caneco estava em operação desde 12 de Dezembro de 2014 e seguia em plena expansão, atendendo clientes em todo Brasil, principalmente no estado de São Paulo. Extremamente emocionado, o fundador do e-commerce, Silvano Spiess disse ao E-Commerce Brasil que o sentimento é de “profunda tristeza”.

Do ponto de vista empresarial, ele explica que tomou a decisão correta e inevitável. “Como expliquei no vídeo (veja abaixo), nossas decisões e diretrizes de trabalho foram tomadas com base nos pilares: Cliente e Governo, sendo que o principal é o Cliente. Quando nos deparamos com a capacidade analítica, temos basicamente duas decisões: SIM ou NÃO. Se digo sim para esta regra e tento adaptar minha empresa a este SIM, automaticamente estou dizendo NÃO para meu cliente, ou seja, deixando de criar valor para o principal pilar”, explica Silvano.

Para Silvano, do ponto de vista empreendedor, o sentimento é de frustração pela incapacidade dos governantes em criar um ambiente saudável para geração de renda, prosperidade e igualdade. “Assim como nós, todos os empreendedores criam seus negócios para gerar lucros, seja a médio ou longo prazo, baseado no seu tamanho, segmento e capacidade de investimento. A partir do momento que você não vislumbra o alcance destes lucros, a decisão mais correta é o NÃO, priorizando o SIM para você”, disse.

Perguntado se ele ainda tem esperanças que a lei seja revogada, Silvano disse que tem a obrigação de ser otimista e de ser o agente da mudança. “As dificuldades serão enormes, porém vamos buscar novas opções, que podem ou não incluir o e-commerce, dependendo do ambiente que for gerado”, desabafa.

Expectativas:

Silvano considera pouco provável que a lei seja revogada. Porém, após a repercussão inesperada do vídeo, ele acredita que se todo o segmento se unir, apresentar as dificuldades e impossibilidades, os governantes terão a obrigação de revogar esta insanidade.

Atuando há muitos anos na área comercial da indústria de confecções como representante comercial e sentindo necessidade de inovar e buscar um segmento de alto crescimento, Silvano chegou a conclusão que o caminho seria a tecnologia. “Juntando a experiência comercial e a tecnologia chegamos ao e-commerce”, conta. Silvano define a experiência curta de um ano no e-commerce em uma palavra: “aprendizado”. “Foi uma ano de busca de conhecimento tecnológico e de melhores práticas gerencias, criatividade para driblar a dita crise e motivação para crescer. Um ano muito desafiador, me apaixonei por isso!”, encerrou.

Assista ao vídeo:

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