O comércio eletrônico de produtos de luxo está experimentando um crescimento notável na China. Estima-se que esse setor alcance uma receita de US$ 919 bilhões até 2025, impulsionado pela população de quase 1,4 bilhões de habitantes e pelo aumento dos salários, que tem aumentado o poder de compra.
Como mostramos recentemente, o cenário do e-commerce de luxo no ocidente tem caminhado para o lado oposto, e hoje enfrenta muita dificuldade para se sustentar. Em fevereiro, a Farfetch evitou a falência ao ser adquirida pela empresa sul-coreana Coupang. Já em março, a MatchesFashion anunciou o fechamento de suas operações, enquanto a Yoox Net-A-Porter, varejista deficitária da Richemont, ainda está em busca de comprador.
Luxo na China nada de braçadas
Por outro lado, na China, os principais marketplaces globais, como JD.com, Tmall, Taobao e Luxury Pavilion, estão prosperando com marcas de alto luxo. No último ano, 56% dos compradores online de produtos de luxo na China fizeram suas compras pelo JD.com. O Tmall, por exemplo, detém a maior fatia de mercado, com 51% de todas as transações em plataformas B2C, onde os consumidores passam em média sete minutos por dia.
Responsável por ser a maior impulsionadora do mercado de luxo na China, a geração Millennials pode ser responsável por 40% das vendas globais esse ano. Grande parte desse grupo vem da crescente classe média chinesa, que deve atingir 75% até 2030.
Interessante saber que consumidores da Geração Z também tem se destacado como consumidora de luxo. Hoje, esse grupo já é responsável por mais de 20% de todas as compras de luxo da atualidade — e espera-se que seja o principal grupo demográfico de luxo até o final desta década.