Na última semana, o Google anunciou mais uma alteração na forma como apresenta os resultados da sua página de buscas: com os testes, a gigante do Vale do Silício decidiu priorizar de vez os sites mobile.
Segundo Gustavo Bacchin, CEO da Cadastra, essa é prova de que os smartphones começaram a mudar de vez a forma como consumimos informação. Ele apresentou a palestra “Mobile: onde estamos e como podemos engajar e vender melhor” durante a Conferência Rio, na última quarta-feira (9).
“Esta é a primeira vez, desde que a TV superou o rádio, que um meio de comunicação consegue ultrapassar outro como o principal, o mais utilizado”, afirmou Bacchin.
Mesmo assim, de acordo com o especialista, as empresas brasileiras de e-commerce ainda engatinham na utilização do mobile para incrementar as vendas.
Como exemplo, ele citou a JC Penney, loja de departamentos americana com presença em todos os Estados Unidos: 30% das vendas nas suas lojas físicas são concluídas no mobile.
“O cliente abre o aplicativo, escaneia o código de barras do produto e paga pelo celular mesmo”, explicou. “Não fala com ninguém, não precisa pegar fila.”
Apesar dos (crescentes) bons resultados no mundo mobile, investir em experiências para celulares e tablets parece arriscado, em um primeiro momento: a taxa de conversão em aparelhos móveis (0,6%) ainda é muito diferente daquela alcançada nos desktop (1,%).
“Mas ainda está nesse patamar porque não oferecemos uma experiência boa no celular”, defendeu.
Para ajudar na hora de criar um site e-commerce pensado para o mobile, Bacchin sugere algumas ações:
1) Design simples e fácil de se interagir, com poucas informações, mas as principais (foto, descrição, preço e botão comprar, por exemplo, sem precisar rolar a página);
2) Fotos e banners de alta resolução. Nesse caso, deve existir um equilíbrio entre a qualidade da imagem e o tempo de carregamento do site;
3) Pouca ou nenhuma paginação;
4) Campo de busca de fácil acesso e inteligente;
5) Leitor de código de barras;
6) Conteúdo em formato e profundidade adequado ao contexto;
7) Check-out expresso,
8) Formas de pagamento “expressas”.
A dica mais valiosa de todas, porém, é a mais simples. “A atitude mais importante é passar mais tempo no seu Analytics”, sugeriu. “Às vezes, um número que salta aos olhos pode mudar tudo.”