Logo E-Commerce Brasil

Shopee e RME reforçam conquistas e debatem desafios do empreendedorismo feminino

Por: Helena Canhoni

Jornalista

Bacharel em Comunicação Social pela ESPM. Experiência em tráfego pago, cobertura de eventos, planejamento de marketing e mídias sociais.

Ana Fontes e Leila Carcagnoli em evento da Shopee sobre empreendedorismo feminino
Imagem: reprodução, Ana Fontes e Leila Carcagnoli

Com mais de 3 milhões de vendedores em sua plataforma, a Shopee promoveu um evento visando destacar e reconhecer as mulheres empreendedoras do e-commerce. Vale destacar que aproximadamente 90% das vendas da plataforma são de empreendedores locais. 

Estimulando o protagonismo das mulheres nos negócios, Leila Carcagnoli, líder de categoria na Shopee, e Ana Fontes, fundadora da Rede Mulher Empreendedora, trocaram experiências e compartilharam suas visões sobre o empreendedorismo brasileiro. 

Carcagnoli começa com uma provocação: “como estimular, cada vez mais, mulheres a terem independência e autonomia para se destacar na economia do país?”.

Dentro da plataforma, mais de 50% dos lojistas são do gênero feminino e a cada ano há um crescimento de 45% de novas vendedoras. Além disso, mais de 65% das empreendedoras estão na faixa etária de 25 a 44 anos. 

Com destaques regionais, as regiões mais populares são: São Paulo, Rio de Janeiro, Franca, Guarulhos (SP) e Nova Serrana (MG). 

Desafios de um novo mercado

Sendo responsável por transformar comunidades, indivíduos e novos negócios, o empreendedorismo é protagonizado, cada vez mais, por mulheres. Fonte reitera quatro grandes desafios para as mulheres, frente ao mundo do empreendedorismo: acesso ao crédito, acesso ao mercado, economia do cuidado e capacitação. 

A CEO ainda declarou que são 10 milhões e meio de mulheres criando novos negócios e 50% dos pequenos negócios hoje são liderados por mulheres.

Acesso ao crédito 

Não necessariamente as empreendedoras, no início, possuem capital suficiente para lançar um negócio. Segunda a presidente da Rede Mulher Empreendedora, o processo de pegar um pouco de capital de vários lugares diferentes e aos poucos ir se adaptando pode ser o caminho no começo. 

Acesso ao mercado

Sendo parte de uma construção social, as mulheres não foram ensinadas a estarem presentes em ambientes de negociação logo cedo. Isso significa que o acesso ao mercado de vendas, comercial e até mesmo o encontro de locais para vender o produto acaba por ser mais complexo.

“A partir do momento que a empreendedora encontra um lugar para vender seu produto ela consegue gerar renda”, reflete a presidente. 

Economia do cuidado

Como terceiro desafio, Fontes explica que a economia do cuidado – o zelo por crianças, idosos, família, etc. – é praticado, majoritariamente (80%) por mulheres. Para além do trabalho com o empreendedorismo, há a necessidade de balancear com a economia do cuidado. 

Capacitação

Ao final, o aprendizado entre os pares e a construção de uma rede de mulheres é o último desafio mencionado. A capacitação aparece como um aprimoramento para as empreendedoras, contando com a criação de um senso de comunidade e o entendimento mais profundo sobre o mercado.  

“Quando uma mulher dá certo, não é só ela que tem o benefício. Ela gera mais recursos para a família, as compras não são para ela, mas para o bem estar coletivo. Ela ainda auxilia a comunidade – a região toda é transformada –, quando essa mulher dá certo ela emprega outras mulheres, elas se ajudam e crescem ao lado uma da outra”.

Ana fontes, CEO DA REDE MULHER EMPREENDEDORAS