
A desbancarização constrói uma nova dinâmica econômica. No momento, as empresas possuem CNPJ, portanto há uma ruptura entre a formalização legal e o acesso aos serviços bancários.
O presidente do SIMPI (Sindicato da Micro e Pequena Indústria), Joseph Couri, reflete: “estamos testemunhando uma parcela substancial de nossas indústrias operando à margem do sistema financeiro formal, o que não apenas impacta sua eficiência operacional, mas também pode resultar em consequências legais indesejadas”.

Tendências para pequenas empresas
Algumas das principais tendências que a pesquisa evidenciou dizem respeito à: desbancarização regional, métodos alternativos de pagamento e limitações de crédito. Couri ainda explica que “[as contas bancárias jurídicas] oferecem taxas de manutenção diferenciadas, personalizadas de acordo com as necessidades e o porte do negócio, resultando em potenciais economias de custos”.
Na sequência, os métodos alternativos de pagamento despontam entre as empresas desbancarizadas, com 87% afirmando que utilizam as contas pessoais – físicas – para movimentar os recursos da empresa. Os donos de negócios destacam que se adaptaram de maneira criativa, mas precária, frente aos desafios financeiros.

Como última tendência, a pesquisa revela que 25% das empresas não possuem contas que oferecem uma linha de crédito para capital de giro. A limitação ao crédito aparece como uma lacuna para o acesso aos recursos financeiros essenciais para a sustentabilidade e crescimento dos negócios.
Dificuldades financeiras
Outra preocupação dos empreendimentos é a avaliação dos negócios e a probabilidade de fechamento no curto prazo. Para os desbancarizados, 72% das empresas apresentam um risco maior de fechamento em comparação com os que possuem contas de pessoas jurídicas.
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