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Faturamento real das PMEs registrou avanço de 5,5% em 2022, aponta estudo

Por: Giuliano Gonçalves

Jornalista do portal E-Commerce Brasil, possui formação em Produção Multimídia pelo SENAC e especialização em técnicas de SEO. Sua missão é espalhar conteúdos inspiradores.

Comparado a 2021, o Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (IODE-PMEs) indica um avanço de 5,5% na movimentação financeira real das pequenas e médias empresas (PMEs) em 20221. O IODE funciona como um termômetro econômico das companhias com faturamento de até R$50 milhões anuais. Recentemente, o estudo indicou um crescimento de 1,5% às PMEs brasileiras em 2023, com destaque aos setores Agropecuário, Comércio e Serviços.

Segundo Felipe Beraldi, gerente de Indicadores e Estudos Econômicos da Omie, as PMEs foram favorecidas em 2022 pelo controle da pandemia de Covid-19. Além disso, houve os consequentes efeitos moderados na economia em comparação ao biênio 2020-2021. “Incentivos fiscais, como a manutenção e ampliação do Auxílio Brasil, foram determinantes na sustentação do consumo, em meio a um mercado de trabalho em recuperação e à trajetória de alta da taxa de juros para conter a inflação”.

No comércio, o crescimento foi puxado pelo avanço do setor varejista (+7,6%), enquanto o atacadista cresceu de forma mais modesta (+5,9%). Por outro lado, o segmento de “comércio e reparação de veículos” encerrou o ano com retração (-6,7%).

Categorias com melhor desempenho

No setor varejista, as categorias que tiveram melhor desempenho em 2022 foram:

– Brinquedos e artigos recreativos;
Tabacaria;
– Mercadorias em lojas de conveniência;
Calçados;
– Produtos farmacêuticos (manipulação de fórmulas);
– Mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios – minimercados, mercearias e armazéns;
Hortifrutigranjeiros;
– Artigos de cama, mesa e banho;
– Produtos farmacêuticos (sem manipulação de fórmulas);
– Material elétrico.

Previsões para as PMEs em 2023

Para 2023, o IODE-PMEs prevê um cenário positivo para as pequenas e médias empresas do comércio — diante do avanço da massa de renda. Ainda assim, considera que as taxas de juros elevadas devem impedir um crescimento no poder de compra das famílias. Afinal, isso tende a encarecer a tomada de crédito, penalizando o consumo e os investimentos (com reflexos diretos sobre os negócios das PMEs).

“É importante que a atual equipe econômica sinalize rapidamente ao mercado as novas regras para equilíbrio das contas públicas, evitando novos choques inflacionários e quedas da confiança dos consumidores e do empresariado na economia brasileira. Movimentos que teriam reflexos diretos sobre o consumo e, consequentemente, impactam negativamente a evolução das vendas no comércio”, encerra Beraldi.