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Fios naturais: a aceitação de cabelos crespos e cacheados é um movimento de identidade

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Por: Redação E-Commerce Brasil

Equipe de jornalismo E-Commerce Brasil

No mundo vivido pela pandemia de covid-19, com o isolamento social e o fechamento temporário de salões de beleza, o movimento de aceitação dos fios naturais e transição capilar ganhou mais força. Houve uma aceleração das vendas on-line, que mais tarde culminaria no surgimento de um novo perfil de comportamento de compra, representado pelo consumidor mais informado e preocupado com seu bem-estar.

Segundo pesquisa realizada pelo Instituto Beleza Natural, em parceria com a Universidade de Brasília, 70% dos brasileiros têm cabelos cacheados. Em 2017, de acordo com outra pesquisa, realizada pelo Google BrandLab, a busca de cabelos cacheados na plataforma foi maior do que a de cabelos lisos. Os dados mostraram um crescimento de 232%, para cabelos cacheados, e de 309%, para cabelos afros.

Desse modo, assumir a forma natural do cabelo seria como reconhecer as raízes culturais. No entanto, ainda se trata de um movimento difícil, de mudanças físicas e emocionais significativas. Foi o caso de Mariana Castro, assistente administrativa da RaiaDrogasil, que parou de usar química para alisar os fios em 2013. Segundo Mariana, o sentimento, no início do processo de transição capilar, foi de medo e insegurança.

“Fiz várias tentativas para sair à rua com o cabelo solto e natural, e foram fracassadas. Eu ficava assustada só de pensar nos comentários que poderia ouvir de alguém. Fiquei muito vulnerável, e a sensação que eu tinha era como se eu estivesse nascendo de novo, mas com consciência das minhas escolhas, de quem eu realmente era com o meu cabelo”, conta Mariana.

Hoje, ela diz sentir orgulho de ter cabelos cacheados. “É também uma mudança no mundo, pois a indústria da beleza contribuiu de uma forma crucial para potencializar essa transformação, de forma que as pessoas possam cuidar melhor de seus cabelos naturais, principalmente no desenvolvimento de produtos para esse público [de cabelos cacheados].” 

A pandemia, o fechamento de salões de beleza, de lojas de cosméticos e o isolamento social, levou muitas mulheres a interromper o uso de química nos cabelos para voltar a comprar produtos com ingredientes mais naturais. Nesse contexto, as vendas por e-commerce também cresceram, em especial, com uma disponoibilidade maior de marcas e produtos para esse nicho nas lojas virtuais.

A Salon Line, marca de cuidados de beleza e bem-estar, é o exemplo de uma empresa que cada vez mais usa da empatia e da escuta ativa, para entender a fundo, a real necessidade de seus consumidores. “Mas não só as necessidades funcionais, como também todo o processo técnico da transição capilar. Estamos atentos para cuidar de todo aspecto no âmbito do processo de mudança”, explica Roberto Moreira, head de marketing da Salon Line.

O e-commerce de saúde, bem-estar e beleza da RaiaDrogasil, a RD Marketplace, é um dos espaços em que a Salon Line coloca seus produtos à disposição dos clientes. Segundo Henrique dos Santos, head de e-commerce da Salon, esse canal é visto como um lugar de vendas robusto e que tem grande abrangência entre os seus diversos públicos.

Essa ampla disponibilidade é crucial para pessoas como Mariana, que relata ser uma novidade encontrar tantas opções novas no mercado, com especificidades para o seu cabelo. “Na minha infância, lembro que eu não tinha muitas opções de cremes para cabelos cacheados. Eu usava sempre o mesmo produto. Hoje, é muito diferente, entro na farmácia ou nos sites de e-commerce para comprar algum produto para cabelos cacheados e encontro diversas opções.”

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