Na última quarta-feira (25), o Google realizou uma mesa redonda convidando as marcas Zee.Dog, Nike, Alura e Electrolux para debaterem as estratégias e tendências para a Black Friday de 2023.
A conversa trouxe Camila Armstrong, coordenadora de performance da Zee.Dog, Fabio Angelis, head de business e media performance da Nike, Julia Chagas, diretora de marketing e experiência do estudante da Alura e Gabriel Gomes, diretor de D2C da Electrolux.
Cenário macroeconômico
Abrindo a conversa, Fábio Garcia, head de varejo do Google, ressaltou os principais pontos da pesquisa exclusiva sobre comportamentos de compra, divulgada na terça-feira (24). O executivo destacou o crescimento de 114% no terceiro trimestre do ano, caracterizando um recorde de interesse – sob a perspectiva do consumidor – nas buscas do navegador em comparação a 2022.
Segundo a perspetiva dos consumidores há ainda um otimismo financeiro. 68% acreditam que a situação financeira tende a melhorar e 24% considera que a situação deve se manter estável. “Mesmo com o comprometimento financeiro, existe sim o interesse e a demanda pelas vendas por parte dos consumidores”, afirmou Garcia.
Segundo o estudo, a qualidade dos produtos e a confiabilidade se tornaram mais importantes. “Os clientes ponderam sobre não jogar dinheiro fora”, detalhou o head de varejo.
Ademais, segundo a pesquisa, novas categorias de compra apareceram para além das consideradas tradicionais deste evento. Suplementos, bebidas e produtos de limpeza destacam-se como novos interesses de compra dos usuários para este ano.
Para Fábio, existem dois motivos para o crescimento generalizado das categorias: cada vez mais o brasileiro está no mundo online, especialmente realizando pesquisas, e a disponibilidade das marcas que estão expandindo sua presença digital.
O executivo ainda ressaltou: “dependendo da categoria de compra, as pesquisas começam meses antes da Black Friday”.
Finalizando sua fala, Garcia reforçou que os consumidores já determinaram o produto que desejam comprar, mas ainda não selecionaram a marca e nem o local de compra, sendo uma oportunidade para as empresas.
Planejamento estratégico
Entrando no tópico das estratégias para a Black Friday específicas de cada empresa, Nathalia Camargo mediadora da mesa redonda, questionou as expectativas e desdobramentos do evento para cada convidado.
Gomes detalhou que, no caso da Electrolux, a data de novembro não promove uma grande transformação da empresa, mas funciona como um reforço para os consumidores acerca da marca.
“Fortalecer a marca e trabalhar a eficiência, com machine learning, são pontos essenciais”, frisou o executivo.
Outro ponto a ser explorado diz respeito ao papel da educação durante a Black Friday. Chagas comenta que as compras ligadas ao conhecimento e a educação não são impulsivas e o evento funciona, principalmente, como forma de captação de clientes para a Alura.
Já para Angelis, a jornada da Nike continua em ritmo acelerado mesmo após dia 24 de novembro. “Há uma estratégia de estar muito próximo do cliente, pois chegam muitos consumidores novos em novembro e dezembro”, explicou o head de business.
A empresa esportiva divide o comportamento do consumidor em duas etapas. Inicialmente, buscam – ainda antes do evento – pessoas que se interessam pela marca e nos dias do evento focam nos usuários que apresentam maior probabilidade de efetivar as compras.
Sobre a Zee.Dog, Armstrong, detalhou que para competir com as grandes marcas do mercado é necessário desenvolver estratégias de branding e investir em search. “A partir desse planejamento, observamos um crescimento e há expectativas positivas para a Black Friday”, finalizou.