Logo E-Commerce Brasil

Integração de canais guiada pela experiência do cliente é destaque no Fórum E-Commerce Brasil 2025

Por: Alice Lopes

Jornalista no E-Commerce Brasil

Jornalista no E-commerce Brasil, graduada pela Universidade Nove de Julho e apaixonada por comunicação.

Ver página do autor

A omnicanalidade deixou de ser apenas uma promessa e passou a ser um imperativo para o varejo competitivo. Na plenária de Gestão e Operações do Fórum E-Commerce Brasil 2025, especialistas de grandes redes do varejo nacional discutiram os caminhos para tornar a experiência de compra mais fluida, eficiente e integrada, conectando estoques, canais e pessoas em uma lógica centrada no consumidor.

Palco de gestão e operações do Fórum E-commerce Brasil 2025
(Imagem: E-commerce Brasil)

Participaram do debate Flavio Reis, CDO das Lojas Renner, Priscila Braga, diretora de Digital das Farmácias Pague Menos, Fernando Koreeda, diretor de Digital da Centauro, e Alessandro Gil, VP da Wake. Ao longo da conversa, eles abordaram desde o papel da cultura organizacional até os desafios técnicos e operacionais para unificar estoques, digitalizar processos e oferecer conveniência sem perder rentabilidade.

Omnichannel além do básico

A discussão começou com um ponto consensual: a omnicanalidade não pode mais ser entendida apenas como a possibilidade de comprar online e retirar na loja. Segundo Flavio Reis, essa lógica já ficou para trás. Hoje, a jornada do consumidor é fluida e exige integração real entre canais.

É necessário que o seu negócio tenha uma comunicação eficiente entre todos os canais, para que não ocorra desencantamento do cliente e a venda seja perdida. A construção da estratégia geral precisa ser omni, destacou o executivo da Renner.

Cultura e estratégia orientadas ao cliente

Para Priscila Braga, da Pague Menos, uma cultura organizacional voltada ao digital é fundamental para que a omnicanalidade funcione na prática. É necessário pensar o que é cada canal, seu tamanho e seu papel. A omnicanalidade tem que ser pensada na visão do cliente, com uma estratégia que integre loja física e canais digitais para oferecer uma experiência conveniente e coerente.

Ela também ressalta que é preciso considerar a jornada de todos os stakeholders envolvidos, inclusive colaboradores. Pensar pela perspectiva desse colaborador, dessa persona, é essencial para que o seu canal seja efetivo de verdade.

Regionalização e personalização como pilares

A regionalização foi apontada como fator-chave para o sucesso. No omni, é necessário pensar em todos os pontos e pesquisar com os contatos o que vale, o que vira, o que varia de lugar pra lugar, disse Braga. Reis reforça que ser um player omni facilita o atendimento personalizado ao cliente, respeitando as particularidades de cada localidade.

Marketplace e a jornada completa

Para Fernando Koreeda, da Centauro, a experiência omnicanal deve se estender também ao ambiente dos marketplaces. É preciso pensar no contexto geral, para que o cliente tenha um atendimento completo em toda a jornada, até mesmo na devolução.

Rentabilidade com foco na experiência

Um dos desafios levantados foi como manter a rentabilidade sem comprometer a experiência do cliente. Reis pontua que o foco principal continua sendo o consumidor. Quando falamos de rentabilidade, o foco principal sempre é a experiência do cliente. Pensando nisso, quais processos eu posso fazer dentro de casa para que isso aconteça? O que posso fazer para melhorar a rentabilidade sem prejudicar essa experiência?

A plenária reforçou que a omnicanalidade verdadeira vai muito além de tecnologias e fluxos logísticos. Trata-se de um redesenho completo da operação, cultura e estratégia, sempre com o cliente no centro.