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Live-commerce movimentou mais de US$ 157 bilhões e pode ser nova realidade de compras no Brasil

Por: Helena Canhoni

Jornalista

Bacharel em Comunicação Social pela ESPM. Experiência em tráfego pago, cobertura de eventos, planejamento de marketing e mídias sociais.

Mulher fazendo uma live-commerce para venda de produtos
Imagem: reprodução

Os consumidores, a cada dia que passa, cobram por mais modernização e simplificação do processo de compra. A evolução do comércio brasileiro é uma constante e por conta disso o crescimento de super apps e live-commerces não pode ser deixado de lado. 

Retomando, o conceito live-commerce refere-se a um formato de vendas, original da China, no qual o consumidor interage com um vendedor para realizar a compra de produtos durante uma transmissão ao vivo. 

A singularidade brasileira

Apesar da constante evolução, a compra ao vivo ainda não despontou no Brasil. Algumas empresas como iFood, Rappi e Mercado Livre já experimentaram diferentes operações, mas ainda sem uma adesão significativa do público. 

Porém, isso não significa que o formato deixou de ser interessante para as marcas. 

O volume de oportunidades desenvolvidas por conta do live-commerce ainda possui condições para superar as diferenças tecnológicas, políticas e culturais entre China e Brasil. A nova forma de vendas movimentou em torno de US$ 157 bilhões em 2021, sendo 60% desse valor somente no país asiático. 

In Hsieh, co-fundador da Chinnovation, afirma que o live-commerce “vai bombar” no Brasil quando as empresas chinesas decidirem investir em grande escala no segmento. 

Organizações como TikTok, Shein e Shopee precisam despender maiores esforços para difundir os espaços de live-commerce. Um exemplo bem-sucedido é o Kwai, que já realiza as lives. 

Superando o e-commerce tradicional

Etienne Du Jardin, CPO e cofundadora da Mimo Live Sales alega que “o live-shopping pode ser maior que o e-commerce no Brasil”.

No Brasil, o mercado do comércio eletrônico promoveu uma movimentação de R$ 450 bilhões entre 2019 e 2022. Contando ainda com uma perspectiva de crescimento superior a 25% para os próximos anos, de acordo com o Ministério da Indústria. 

Entretanto, a executiva argumenta que “o live-shopping humaniza a venda, algo importante para os brasileiros, que gostam de atenção em suas relações de consumo”.

“O live-commerce se aproxima de uma experiência mais natural, social, divertida e instrutiva. Além de usar técnicas que potencializam as vendas. E-commerce tradicional é solitário e até chato”, finaliza In Hsieh.

Fonte: Forbes