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Live Commerce tem tudo para engajar o público brasileiro

Por: Giuliano Gonçalves

Jornalista do portal E-Commerce Brasil, possui formação em Produção Multimídia pelo SENAC e especialização em técnicas de SEO. Sua missão é espalhar conteúdos inspiradores.

Velho conhecido do portal E-Commerce Brasil, In Hsieh trouxe para a Conferência Paraná – 2020 diversos insights sobre a Live Commerce, prática de vendas cada vez mais comum na China. E a presença de In não poderia ser mais oportuna. Afinal, ele tem contato direto com o universo chinês — é Co-fundador da Chinnovation, entidade que facilita a comunicação de empresas brasileiras com a China. A seguir, você acompanha em detalhes o que foi falado no encontro.

O que é o Live commerce?

Basicamente o Live Commerce é a junção de algumas características da transmissão ao vivo que encontramos na Internet com o universo das vendas. Ele reúne a parte de vendas em uma solução multimídia — diferente das vendas que víamos na TV, a exemplo do Shoptime. Nesse caso, gera a interação ao vivo e a compra dentro de uma única ferramenta.

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No Live Commerce existe uma comunicação entre apresentador usuários. Segundo In, ocorrem notificações em tempo real, como alguém que acabou de comprar, um espectador que enviou likes… “Com o Live Commerce eu consigo apresentar e vender produtos em um único ambiente totalmente gamificado. O Brasil ainda está no meio do caminho dessa modalidade, como percebe-se em interações no Facebook e no Instagram, que ainda exigem a conclusão da compra em outra plataforma”, explicou.

Algumas lições da China para a estratégia de Live Commerce no Brasil

Fator humano

“Eu consigo explorar o fator humano com esse tipo de ferramenta. O apresentador engaja a pessoa e a convence com uma história legal. Se ela gostar do que ouvir, vai comprar”, explicou In. Nesse caso, o paralelo que ele fez foi em relação ao e-commerce tradicional — que pode ser lindo em diversos aspectos, mas continua sendo estático, sem interações.

Cuidado com o produto

Para In, de nada adianta fazer uma live de venda se o produto não for condizente. “Imagine você tentar convencer alguém da compra de um produto que não é bom? Ao vivo isso é ainda mais difícil, pois o espectador vai perceber”.

Tráfego

Seja dentro de um aplicativo, do Facebook ou do Instagram, o vendedor precisará de pessoas para assistir à venda — afinal, terá de gerar tráfego. Para tanto, In recomenda utilizar utilizar gatilhos emocionais, seja de motivação, escassez, etc. “Isso certamente contribuirá para mais pessoas assistirem à Live”.

Produção

Antes de pensar em vender, o profissional por trás da Live Commerce deve ter em mente a produção do evento. Câmera, boa iluminação, espaço adequado ao conceito do produto… Tudo isso conta na hora de fazer a produção. “Se é um produto barato, não posso ter um cenário de luxo, e vice-versa”.

Aproveitar as lojas físicas como cenário

Para In, um lojista que possui um ponto de venda físico tem certa vantagem para criar um Live Commerce. Afinal, ele utiliza o local como palco das vendas, ambientando o cenário de acordo com o produto a ser apresentado. “Tomo como referência o próprio E-Commerce Brasil, que trouxe a experiência dos eventos físicos para o online. Para isso, entretanto, houve todo um trabalho cenográfico para gerar a sensação presencial ao público”, concluiu.

Por Giuliano Gonçalves, via E-Commerce Brasil.