Convidados ao palco do Congresso Grocery & Drinks, Tatiana Mendonça, diretora de TI, e Karlys Karkle, gerente de e-commerce da Bistek Supermercados, apresentaram a necessidade de estruturação da loja física para melhor atendimentos de clientes do e-commerce.
Trazendo a experiência como um pilar, e especialmente como uma estratégia de vendas, os palestrantes detalham que a navegação encontrada no ambiente virtual precisa estar representada, simultaneamente, na loja física. Mendonça sumariza: “a fricção com o consumidor precisa ser reduzida, independente do ponto de contato”.
Comentando sobre a importância da digitalização no chão de loja, ambos os executivos defendem que os aspectos trabalhados no varejo físico são meios de contribuir para a jornada digital dos clientes.
Isso significa que, levando em consideração a necessidade de se trabalhar com um raio de entrega mais limitado – alimentos perecíveis precisam chegar em maior velocidade aos clientes – cada uma das lojas físicas funciona como um centro de distribuição. Para tanto, há operações de entrega para o e-commerce em aproximadamente todas as lojas da marca.
Karkle ainda aprofundou a explicação: “o próprio consumidor que compra no e-commerce está, de certa forma, fazendo a compra na loja física”.
Tangibilizando, a executiva comentou algumas das soluções que podem ser utilizadas pelos empreendedores que buscam investir em uma maior digitalização das lojas físicas. Gestão de estoque, etiquetas eletrônicas, totens para pagamentos ou até mesmo experimentar técnicas de self checkout foram as dicas da diretora.
“Valorizar a loja física, com reposições, agilidade de checkout, tudo isso na verdade valoriza o online, pois são os centros de distribuição das compras dos clientes”, ressaltam os palestrantes.
De acordo com a apresentação, é a partir da digitalização que se torna possível alcançar maiores níveis de eficiência operacional. Precificação, auditoria de preços, auditoria de sortimento, abastecimento de gôndola e reposição orientada são os pontos principais para a agilidade da loja física e, consequentemente, do varejo online.
Fechando o conteúdo, Karkle declara: “vale lembrar que o e-commerce não é concorrente da loja física”.