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Mesmo com desafios, PMEs crescem 1,2% em junho, aponta Omie

Por: Amanda Lucio

Jornalista e Repórter do E-Commerce Brasil

O mês de junho não costuma ser uma data aquecida para o varejo, a não ser pelo Dia dos Namorados. Este ano, o Brasil registrou um aumento de 9% em relação a junho de 2023, conforme dados do IPV. Enquanto as PMEs, tiveram um modesto crescimento de 1,2% em comparação ao mesmo período do ano passado, de acordo com o Índice Omie. Mesmo assim, as PMEs do e-commerce se destacaram no primeiro semestre ao faturar R$ 2 bilhões.

Mulher de cabelos castanho e blusa marrom anotando medidas de roupas em sua pequena loja.
(Imagem: Freepik)

Conforme o Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (IODE-PMEs) no acumulado do ano foi identificado um avanço de 4,3% frente ao primeiro semestre de 2023.

Gráfico com número índice de faturamento 2023-2024 (Imagem: Omie)

Após uma sequência de quatro trimestres desafiadores, as PMEs do setor de comércio também têm se recuperado nos últimos meses. No mês de junho, o setor registrou um crescimento de 1,9% em comparação ao mesmo período de 2023. “Este movimento tem sido impulsionado, principalmente, pelo segmento atacadista – que apresentou um aumento significativo de 6,9% na comparação anual”, explica Felipe Beraldi, economista e gerente de Indicadores e Estudos Econômicos da Omie.

As PMEs do varejo estão se esforçando ainda mais para retomar o crescimento. Em junho, o segmento registrou uma queda de 1,3% no faturamento, embora algumas áreas, como as “lojas de departamento” e o “varejo de livros”, tenham encerrado o mês com resultados positivos.

Com uma redução de 1,7% no faturamento real em comparação com 2023, o setor de serviços também encarou desafios. O cenário sugere uma possível desaceleração econômica nos próximos meses. Mesmo assim, segmentos como “atividades financeiras e de seguros”, “saúde humana”, e “serviços de informação” mostraram avanços, ajudando a mitigar a queda geral.

Além disso, as PMEs do setor de infraestrutura também enfrentaram dificuldades, com uma retração de 4,1% na movimentação financeira em relação a junho do ano passado. Apesar disso, os serviços especializados para construção continuaram a ter um desempenho positivo, mantendo a tendência de crescimento observada nos últimos meses.

O economista Felipe Beraldi destaca que, em um cenário de aumento das incertezas, como a elevação das expectativas de inflação, é esperado um enfraquecimento da atividade econômica doméstica no curto prazo. Embora os dados de junho indiquem um desaquecimento em relação aos meses anteriores, especialmente no setor de serviços, ainda é cedo para afirmar se essa tendência se manterá, considerando que o consumo continua a ser sustentado pelo aumento da renda das famílias.