Se você, lojista, ainda coloca as taxas cobradas pelos métodos de pagamento como prioridade na escolha, é hora de rever o planejamento. Afinal, segundo Galleger Ilhe, Diretor Comercial e CCO da Bis2Bis, “há muito mais coisas que influenciam nessa tomada de decisão, e que muitos sequer veem. Esse cuidado, aliás, pode definir o sucesso ou fracasso do negócio”, garantiu o especialista no palco digital do evento The Future of Payments 2021.
Aprendendo a escolher o método de pagamento para a empresa
Entre as dicas citadas por Ilhe, antes de escolher o método de pagamento é preciso analisar com atenção as questões relacionadas a adquirentes, subadquirentes e gateway de pagamentos. “Ouvimos muito pouco falar sobre esses três, mas são de extrema importância e fatores decisivos para um negócio promissor”. Abaixo, destaque para o slide do especialista explicando um pouco sobre adquirentes, subadquirente e gateway de pagamentos:
Sobre subadquirente, Ilhe afirma que é imprescindível para automatizar o processo de pagamento para o lojista. “Independentemente do método de pagamento, quem tomará a decisão será o subadquirente, inclusive realizando a análise de risco”. Para o caso de concluir direto com o adquirente, por exemplo, Ilhe garante que o lojista passa a assumir as responsabilidades pelo pagamento.
Outros pontos a serem analisados
Como a maioria das lojas oferece diversas opções de pagamentos (como cartão, boleto, Pix, carteira digital…), é preciso analisar fatores que vão além da tarifa praticada pelo método de pagamento. Por exemplo: recursos. Se por acaso você trabalha com produto recorrente, é preciso identificar se o seu método de pagamento trabalha com recorrência. Outro fator é identificar se a plataforma que você escolheu permite trabalhar com 2 cartões simultâneos, cartão e boleto…
“Qual a taxa de aprovação daquele método dentro do seu segmento? É importante analisar esses pontos nas escolhas. Tem empresas de pagamentos que aplicam todos os juros que não colocou nas outras etapas na antecipação. E se você trabalha com antecipação, já viu que terá um grande problema pela frente”, ponderou. Além disso, é preciso pesquisar se o método garante o chargeback — do contrário, você assumirá o valor da fraude se ela ocorrer.
Modelo de negócio e público-alvo
Normalmente, segundo Ilhe, o lojista escolhe o método de pagamento mais cômodo para ele. No entanto, esse método às vezes não atende seu modelo de negócio, ou mesmo à necessidade do público-alvo. “Se a minha empresa trabalha com tíquete médio alto, eu tenho que optar por um método que ofereça a opção de pagamento com mais de um cartão. Afinal, o meu cliente não quer utilizar todo o limite disponível, e opta por diluir o pagamento por outras opções”.
Portanto, agora você já sabe que investir em um método de pagamento para o seu e-commerce vai muito além de observar as taxas cobradas. É preciso analisar a fundo tudo o que a empresa oferece e entender se as possibilidades estão de acordo com o perfil do seu negócio.
Por Giuliano Gonçalves, da redação do E-Commerce Brasil.