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Nem tudo é tendência, ensina especialista em evento pós-NRF 2025

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Por: Júlia Rondinelli

Editora-chefe da redação do E-Commerce Brasil

Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero e especialização em arte, literatura e filosofia pela PUC-RS. Atua no mercado digital desde 2018 com produção técnica de conteúdo e fomento à educação profissional do setor. Além do portal, é editora-chefe da revista E-Commerce Brasil.

A NRF de 2025 ainda está acontecendo. Isso porque a quantidade de conteúdos é tão extensa que rende um “after”, proporcionado pela Varejo180, que esteve com uma comissão em Nova York este ano e trouxe de volta para o Brasil aprendizados que valem a pena serem comentados.

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(Imagem: NRF 2025: Retail’s Big Show/Reprodução)

Jacques Meir, Mentor da CX Brain do Grupo Padrão acompanhou a comitiva e elencou uma série de fatores que devem ser considerados.

Além da NRF, mas que impactará diretamente o varejo mundial em 2025:

  • Donald Trump assume presidencia dos Estados Unidos
  • “Corrida do ouro” da Inteligência Artificial
  • Comportamento da geração Z e novas tendências
  • “Reinvenção do humano” e a mudança no meio empresarial
  • NRF como um evento de “game changing”

“Porém, qual o jogo vamos mudar?”

Segundo o executivo, não adianta analisar as tendências da NRF de acordo com o olhar norte-americano, pois há uma diferença significativa entre sociedades, mercados, governos e estruturas econômicas. “Podemos nos inspirar, mas é preciso adaptar a equação”, explica o executivo.

Vínculo entre a tecnologia e os consumidores

Entre os destaques aprendidos no evento, Jacques destaca o resultado “fantástico” do Walmart no mercado dos EUA. A lição é a de que uma empresa tradicional, da velha guarda, soube se posicionar melhor do que os marketplaces mais atuais.

Uma das explicações que mais se aplica a esse caso é a de que o varejo tradicional tem um potencial maior de se conectar com o consumidor e adaptar seus processos. “Tudo o que depende de processamento eficiente de dados pode ser automatizado com a IA para escalar o negócio e preservar o caixa”.

Dessa forma, o Walmart consegue ter uma gestão financeira mais tradicional, com caixa, e investir a tecnologia no que pode ser atualizado.

A força das tendências

“As tendências não são um achado, elas precisam ser perenes, assimiláveis e abrangentes”, ele depende. Pois abrangem um aspecto amplo da sociedade e dos meios de produção.

Ao ser impactado por tantas mudanças ao mesmo tempo, há uma paralisia da decisão. De acordo com o especialista, é preciso ficar atento para não ser “atropelado” por uma tendência, mas sim aproveitar as que fazem sentido para o negócio e se defender das que podem prejudicar o cerne da operação.

“O Brasil real não tem dinheiro sobrando para indulgências muito grandes.”

Hoje, vive-se uma cultura autocentrada, que valoriza e atende às necessidades individuais e que combinam com o seu dia a dia. É preciso estar de olho no que cabe no bolso do seu consumidor para não estressá-lo ainda mais.

O “varejo escapista” entra nessa equação como uma forma de libertar o consumidor de suas funções habituais. A experiência é o centro da estratégia quase como um momento de lazer.

O executivo falou também sobre a prensença indispensável nas redes sociais e WhatsApp, bem como as novas formas de consumo impulsionadas pela Geração Z.

A dificuldade da escolha

Outra grande sacada vista na NRF é a de que os varejistas estão usando dados dos seus consumidores para facilitar suas necessidades, visando privar o consumidor do estresse diante de um mundo com excesso de escolhas e informações diárias. Sugestões de consumo, de necessidades e lazer auxiliam na fidelização.

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