A omnicanalidade foi positivamente afetada pela pandemia da Covid-19. É o que mostra um relatório da consultoria de negócios mundial Oliver Wyman, que indica uma acelaração de dois a três anos na adoção de diversos canais interligados pelos varejistas.
A consultoria analisou o crescimento do e-commerce em oito países europeus na última década e identificou uma tendência de que o comércio eletrônico represente 30% das vendas totais do varejo na Europa até 2030.
“A Covid-19 representam um antes e um depois para o e-commerce. Se, antes da pandemia, se começava a verificar uma certa desaceleração nas vendas do canal online, na maioria dos países da Europa, agora, tudo indica que o mais provável é um crescimento sustentado e constante desta atividade”, assegura María Miralles, partner da área de Retail & Consumer Goods da Oliver Wyman para a região europeia.
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Entre 2010 e 2019, as vendas online na Europa cresceram mais do que as do conjunto do setor varejista. Enquanto a taxa média anual de crescimento do online, nesse período, se situou nos 14,6%, o conjunto do varejo europeu cresceu a um ritmo de 2% ao ano e as vendas do canal puramente físico de 1%. Pese setor varejista da Europa.
“Estamos convictos de que a loja física continuará a ser o principal canal de vendas durante a próxima década. Agora, o que sucedeu com o e-commerceno ano passado, evidencia a força do online e que o futuro do varejo é omnicanal”, completou Miralles.
A Oliver Wyman sublinha que a loja física e os pequenos comerciantes independentes ou não organizados têm uma oportunidade de negócio com o desenvolvimento dos seus canais de venda online e consolidação da omnicanalidade.
De acordo com um estudo conduzido junto destes empresários, na Alemanha e em França, no final de 2020, os que contavam com um canal de vendas online tinham mais probabilidades de aumentar as suas vendas.