Mesmo com a redução de renda e desemprego em alta, a perspectiva é que a Páscoa neste ano deve continuar a movimentar o comércio. Segundo pesquisa realizada pela The Insiders, empresa de marketing, 68% das mais das 5.400 pessoas entrevistadas vão comprar ovos de páscoa e, destes, 72% pretendem fazer suas compras online. O compilado dos dados também revelou que grandes marcas brigarão de igual para igual com mercado informal de pequenos produtores, que ganharam um espaço relevante na lista de preferência de ovos de Páscoa: 56% declararam optar pelos chocolates caseiros no lugar das tradicionais do varejo.
Este movimento traz, em contrapartida, uma outra informação também abordada na pesquisa: o marketing com foco em pessoas reais irá impulsionar o setor, uma vez que 86% dos entrevistados disseram ser diretamente influenciados pela opinião de amigos e parentes na hora de escolher o produto, contra apenas 15% que levam em consideração a opinião dos grandes e famosos influencers que atuam nas mídias sociais.
Leia também: Datas comemorativas: saiba como aproveitar as oportunidades em 2021
Pesquisa da Kantar vai ao encontro
Em 2020, quando as medidas de distanciamento social começavam a vigorar, a queda na penetração de itens de Páscoa foi de 16 pontos percentuais em relação a 2019, representando aproximadamente 9 milhões de domicílios que abandonaram o evento.
Este ano, diante de um cenário semelhante e com algumas incertezas como a retomada do auxílio emergencial e a possibilidade de restrição de horário de funcionamento de supermercados, o desempenho do setor no período pode se repetir.
Ano passado, o gasto médio nos lares que receberam o auxílio emergencial do governo, na categoria de Chocolates, foi 8% maior do que naquelas que não receberam auxílio, o que possibilitou o acesso de algumas famílias a produtos mais premium. É o que mostra a mais nova edição do estudo Consumer Insights, da Kantar.
Seguindo a tendência registrada, os ovos de chocolate podem voltar a ser o destaque positivo em volume e vendas na Páscoa este ano, já que as categorias de chocolate regular (barras de chocolate) e de presentes apresentaram queda em 2020.
Com lojas físicas fechadas, o e-commerce torna-se essencial para o comércio neste momento de restrições mais duras da pandemia. Em 2020, cerca de 7,5 milhões de domicílios compraram bens de consumo massivo (FMCG) no universo online, sendo aproximadamente 2,3 milhões de novos lares somente no segundo semestre, e o segmento terminou o ano alcançando 12,9% dos lares brasileiros.