O atual momento econômico do país provocou mudanças no processo de decisão de compra via internet. As lojas reduziram a oferta de frete grátis e os e-consumidores passaram a optar pelo pagamento à vista ou em até três parcelas, devido às altas taxas de juros e ao aumento do índice de desemprego.
Em 2013, 59% das compras online eram feitas com frete grátis. Em 2015, apenas 40%, e mesmo assim para produtos de maior valor agregado ou em datas promocionais.
Com o agravamento da crise, a partir de julho de 2015, a forma de pagamento das compras também mudou: em dezembro de 2015, 42% dos consumidores preferiram pagar à vista.
Em julho, eram 38%. O pagamento em até três parcelas era a escolha de 34% dos compradores, três pontos percentuais a menos que em julho. Com 73,5%, o cartão de crédito continua sendo o meio de pagamento preferido dos consumidores online, mas houve um aumento no pagamento por boleto (19,6%).
“O comércio eletrônico está amadurecendo, e o frete grátis já não precisa mais ser usado para estimular a compra”, diz Ludovino Lopes, presidente da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net). “As lojas podem oferecer opções de entrega com prazos e preços diferenciados, como acontece em países da Europa e nos EUA”.
Esses dados constam do 33º Webshoppers 2016, relatório que analisa a evolução do e-commerce, tendências, estimativas, mudanças de comportamento e preferências dos e-consumidores, traçando um perfil do setor. É realizado pela E-bit com apoio da camara-e.net e outras entidades e associações.