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Pesquisa: metade dos lojistas pretendem expandir os canais de venda em 2023

Por: Júlia Rondinelli

Editora-chefe da redação do E-Commerce Brasil

Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero e especialização em arte, literatura e filosofia pela PUC-RS. Atua no mercado digital desde 2018 com produção técnica de conteúdo e fomento à educação profissional do setor. Além do portal, é editora-chefe da revista E-Commerce Brasil.

Pesquisa da Nuvemshop em parceria com o E-Commerce Brasil, realizada no final de 2022, investigou as tendências que já estão no radar dos lojistas brasileiros para 2023. Além disso, mostrou que o futuro do e-commerce está mais próximo do que imaginamos.

Principais necessidades e mudanças para 2023

Entre os tópicos abordados pela pesquisa, destacaram-se os aprendizados dos lojistas com relação ao ano de 2022 e possíveis mudanças que precisam ser feitas ainda no começo do ano que se inicia. Nesta etapa do levantamento os respondentes podiam assinalar mais de uma alternativa.

Em primeiro lugar, 50% dos lojistas afirmaram que precisam expandir os canais de venda. Simultaneamente, 42% sentem a necessidade de integrar os canais de venda que já têm.

Ainda na linha das necessidades, 39% assinalaram que precisam de mais opções de personalização para ganhar mais diferencial competitivo, enquanto 37% ponderam o aumento da equipe para auxiliar no crescimento do negócio.

Outras respostas assinaladas pelos respondentes:

35% digitalizar processos;

23% diversificar fornecedores;

14% terceirizar atividades.

Prioridades para 2023

Conversando diretamente com o tópico anterior e com o seguinte, os lojistas foram convidados também a comentar suas prioridades para 2023.

Disparada a frente das demais respostas, 66% dos entrevistadas colocaram como prioridade para este ano aprender sobre estratégias de marketing e vendas.

Além disso, respostas como capacitar a equipe (43%), ampliar canais de venda (41%) e ampliar canais de divulgação (39%) também aparecem com uma boa margem diante das demais respostas.

Outras respostas:

18% contratar mais ferramentas de e-commerce;

18% contratar mais pessoas;

16% expandir o portfólio de produtos;

16% migrar de plataforma de e-commerce;

12% fazer networking com outros lojistas;

10% terceirizar atividades do negócios.

Impacto do cenário econômico no e-commerce

2022 foi um ano de muitos altos e baixos para quem vende online. A abertura do varejo físico como concorrência para os que estavam reinando durante o isolamento, altas na inflação, Copa do Mundo e uma Black Friday com vendas antecipadas garantiram incertezas para os lojistas, bem como as movimentações políticas brasileiras e um cenário internacional conturbado.

Todos esses fatores adicionaram empecilhos e desafios os empreendedores, independentemente do tamanho da loja.

Duas respostas disputam o pódio sobre o impacto do cenário econômico sobre as decisões do e-commerce, de acordo com a pesquisa, com 35% das respostas cada (podendo assinalar mais de uma alternativa): 1) a empresa limitou contratações de pessoas; 2) teve queda nas vendas.

Não obstante, em terceiro lugar estão as que responderam sobre adiar a expansão de canais de venda (31%). Em quarto lugar estão as que demitiram colaboradores (18%).

Em contrapartida, uma parcela dos respondentes afirmaram ter melhorado suas operações durante o ano e relataram resultados positivos:

33% aumentaram as vendas no período;

27% lançaram novos canais de venda;

18% contrataram novas pessoas.

Ano novo, ferramentas novas

Como não poderia ser diferente, com novas resoluções e prioridades para o ano que se inicia, os lojistas assinalaram também interesse em investir em novas ferramentas para auxiliar as sonhadas transformações do e-commerce.

Concordando com as prioridades assinaladas anteriormente, a alternativa mais comentada pelos respondentes foi a de automações de marketing (com 45% das respostas).

Podendo assinalar mais de uma alternativa, os lojistas manifestaram interesse também de investir em ferramentas de atendimento personalizado e 33% novos gateways de pagamento.

Na faixa dos 27%, duas respostas: nova ferramenta de e-commerce e ERP. Além disso, 18% vão investir em sistema antifraude e de segurança e 16% em novos gateways de pagamento.

Por fim, 10% vão investir em ferramentas para o armazenamento de dados de compra e checkout.

Educação também é investimento

Tão importante quanto investir em ferramentas é o investimento em educação. Para se manter atualizado em 2023, 70% dos respondentes afirmaram que pretender realizar cursos sobre e-commerce e vendas.

Ademais, 62% vão frequentar eventos de e-commerce e 31% vão acompanhar notícias em veículos especializados em negócios.

Na faixa dos 12% estão os que vão ouvir podcasts sobre o assunto e os que vão acompanhar influenciadores de vendas e e-commerce nas redes sociais.

Perfil dos lojistas

25% dos respondentes afirmaram trabalhar em um negócio de grande porte, enquanto 31% operam um empreendimento de médio porte e 21% de pequeno (EPP). Em seguida, estão os que responderam empresa individual (EI) e Microempreendedores individuais (MEI), com 10% e 12%, respectivamente.

Além do porte da empresa, os lojistas foram convidados também a comentar sua relação com o e-commerce, o que rendeu insights interessantes, pois 52% operam no e-commerce próprio e também em algum marketplace.

Em segundo lugar, 27% dos respondentes afirmaram que vendem tanto pelo e-commerce quanto por lojas físicas. Além disso, 12% estão no momento vendendo apenas pelas lojas físicas, porém com o intuito de iniciar um empreendimento digital nos próximos meses. Por fim, 8% alegaram que vendem apenas pelo e-commerce próprio.