Bancos digitais e fintechs miram produtos para ganhar dinheiro com Pix
A um mês do início da operação do Pix, novo sistema de pagamentos que permitirá transações em menos de dez segundos em qualquer dia da semana ou horário, os bancos digitais e as fintechs têm se preparado para ganhar dinheiro com produtos específicos para empresas, uma vez que não poderá ser cobrado nenhuma para pessoas físicas ou microempreendedores individuais, segundo decisão do Banco Central.
A principal fonte de receita tende a ser a terceirização do Pix. Um banco, por exemplo, que está habilitado pelo BC a trabalhar com o novo meio de pagamento, pode vender a tecnologia a uma empresa do varejo que quer oferecer a seus clientes a possibilidade de ter uma conta digital que faça transferências e pagamentos com o Pix. É o que se chama de banking as a service.
Nesse exemplo, o banco é classificado como participante direto do sistema e a varejista é uma participante indireta. Além do banking as a service, o Pix também poderá criar oportunidades com o relacionamento que se cria com as empresas.
De olho nesse mercado, o Banco Original espera que o Pix impulsione o banking as a service e multiplique por dez a relevância desse produto no negócio da instituição. Hoje, esse tipo de serviço representa 3% da receita e a expectativa é que em três anos salte para 30%. É uma estimativa, contudo, que vai depender da precificação, que por sua vez vai variar de acordo com as movimentações das principais instituições e do nível de competição.
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