O Pix parcelado, dentre outros formatos do meio instantâneo de pagamento do Banco Central (BC), está entre nós. Apesar de não ser oficializada pela instituição como uma funcionalidade, bancos e fintechs oferecem essa modalidade como uma linha de crédito. Essa solução permite parcelar compras sem depender do cartão de crédito, com a instituição financeira assumindo o risco de inadimplência.

No e-commerce, fintechs como Koin e Pagaleve firmam parcerias com marcas para ampliar a aceitação do Buy Now, Pay Later (BNPL). No AliExpress, por exemplo, o cliente pode parcelar via Pix em até quatro vezes sem juros ou 12 vezes com juros. A Koin prevê expandir sua participação de 1% para 7% no mercado até 2027.
No varejo físico, a InfinitePay atende pequenos empresários e nanoempreendedores, utilizando o Pix parcelado como capital de giro. O Itaú também disponibiliza essa opção para clientes PJ, com parcelamento de até 48 vezes.
Segundo a Matera, mais de 30% dos brasileiros usaram o Pix parcelado nos últimos dois meses, superando modalidades como crédito consignado e antecipação do FGTS.
Cuidados necessários
O crescimento do Pix parcelado ocorre em um cenário de alta inadimplência: 73,5 milhões de brasileiros estavam endividados em dezembro, com os setores de varejo e serviços representando mais de 20% das dívidas. Empresas do setor adotam inteligência artificial e open finance para mitigar riscos.
Especialistas apontam tendências como maior personalização das ofertas e expansão do BNPL para novos segmentos, mas destacam desafios como a necessidade de regulamentação e estratégias robustas de gestão de risco.
*Com informações do Valor Investe
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