Com a reabertura do varejo físico e os novos comportamentos do consumidor impulsionados pela pandemia, quais serão as principais estratégias de marketing no futuro? Daniel Sigali Sales, Enterprise da Magento, apontou tendências para sobreviver em meio ao cenário instável em que vivemos, durante o The Future of E-Commerce – Edição Marketing, nesta quinta-feira (8).
De acordo com o executivo, antes de tudo é necessário saber o que você pode oferecer ao cliente e em quais formatos e plataformas. “Quais são os nossos canais, o que vamos oferecer ao cliente, a troco de que o seller vai entrar no seu marketplace. Essas são algumas perguntas básicas a se fazer para ter uma visão atualizada em cima da jornada do cliente e dos nossos canais”, aconselha.
No cenário pandêmico, o marketplace ganhou relevância no mercado, segundo Sales. Porém, o especialista afirma que para se tornar marketplace é necessário alicerce consolidado junto ao varejo e ao atacado, e relacionamento digital cristalizado. “Isso vai fazer a primeira parte da história, que é entregar valor ao cliente B2B ou B2C, e ter algo a oferecer aos sellers”.
Outra tendência forte são os clubes de assinatura e os programas de fidelidade, que tiveram crescimento acelerado nos últimos meses. “Todos os varejistas deveriam oferecer essas opções para trazer o cliente para a primeira venda no digital. Depois disso, o cliente vai perceber como é conveniente a compra online e como ele ganha eficiência no dia a dia. Uma vez ele na jornada, o cliente se torna recorrente. Isso vai rentabilizar o investimento no canal digital”, explica.
E após a vacina, o conceito de “novo normal” vai mudar de novo, segundo o executivo. “Com a integração do omnichannel, as operações são cada vez mais verticalizadas. Dependendo da operação, ela será direcionada ao varejo ou ao atacado e, conforme cristalizado, o conceito de marketplace para trazer o seller vai fechar a trilogia do digital. Com essa trilogia amarrada é mais fácil fazer a evolução da gestão de sortimento”, explica Salles.
Entretanto, diante dessas estratégias, o maior desafio segue sendo a falta de mão de obra qualificada no setor, segundo o especialista. “Mais importante que ferramentas e software, é a integração dessas estratégias. É preciso entender o jogo do que fazer, como fazer e quando fazer. Ter um humano fazendo isso é o maior desafio”, finaliza.
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Por Dinalva Fernandes, da redação do E-Commerce Brasil.