Até o início da tarde do último sábado (25/11), mais de 1 mil consumidores buscaram o Procon-SP para registrar reclamações relacionadas a compras ou contratações na Black Friday. A maior parte das queixas (36%), segundo o levantamento, refere-se à não entrega ou demora na entrega, com um registro total de 363 reclamações.
Além das questões de entrega, outros problemas significativos foram apontados pelos consumidores, como a maquiagem de desconto — gerou 150 reclamações. Também estão incluídas da lista:
– mudança de preço ao finalizar a compra (129 reclamações);
– pedido cancelado após a finalização da compra (118);
– e produtos e/ou serviços entregues de forma diferente do pedido, incompletos e/ou danificados (86).
Maquiagem de preços e a força das redes sociais
A prática de maquiagem de desconto ganhou destaque na publicação da fundação. Isso porque foi a segunda maior fonte de insatisfação do consumidor na Black Friday, que percebeu alguma alteração no valor anunciado durante a finalização da compra.
Além das reclamações formalizadas presencialmente, o Procon-SP também registrou um volume considerável de interações nas redes sociais. Foram recebidas 295 consultas e solicitações de orientação relacionadas à Black Friday, indicando que os consumidores estão buscando ativamente informações e apoio online para resolver suas questões.
As mais reclamadas na Black Friday
Desde o início do mês, o Procon disponibilizou um espaço para o registro de queixas relacionadas à data promocional. A seguir, você acompanha as empresas mais reclamadas, seguido dos principais problemas relacionados:
Magazine Luiza / Netshoes / Época Cosméticos / Magalupay / Hub Fintech: 76 reclamações (7,55%);
Mercado Livre: 39 reclamações (3,87%);
Via / Casas Bahia / Ponto Frio / Extra.com.br: 35 reclamações (3,48%);
Carrefour: 32 reclamações (3,18%);
Claro / Net / Embratel / Nextel (América Móvil): 29 reclamações (2,88%).
Reclame AQUI revelou 34,5% reclamações este ano
Do início da monitorização pelo Reclame AQUI, das 12h de quarta-feira (22/11) até as 6h da sexta-feira (24/11), os consumidores registraram 7.328 reclamações referentes à Black Friday. Em comparação com o mesmo intervalo do ano anterior, no qual foram registradas 5.447 reclamações, o ano de 2023 demonstra um crescimento significativo de 34,5%.
De acordo com a empresa, o Mercado Livre assumiu a primeira posição entre as empresas mais reclamadas. O motivo, neste caso, seria uma falha no uso de um cupom de R$1 mil veiculado durante o programa Altas Horas, da Rede Globo, na noite do último sábado (25/11). Na manhã desta segunda-feira (27/11), a empresa já acumulava um total de 2.253 reclamações no Reclame AQUI.
O que o Mercado Livre diz
Diante da publicação do Procon-SP, o Mercado Livre se pronunciou lamentando as dificuldades de alguns usuários na plataforma durante a Black Friday — apesar de se tratar de um número baixo, dados os mais de 2,8 milhões de produtos vendidos na sexta-feira da Black Friday.
A empresa destacou que ofertou mais de 550 mil cupons de desconto desde o início de sua campanha de Black Friday, em 16 de outubro. Sobre a oferta de cupom de R$ 1 mil mencionado pelo Procon-SP, o Mercado Livre informa que:
– Diante do extraordinário interesse pela promoção, o Mercado Pago cumpriu com a oferta de mil cupons inicialmente alocados para a ativação e optou por disponibilizar outras 1 mil unidades de códigos de desconto. Ainda assim, lamentavelmente, alguns usuários não conseguiram usufruir da oferta relâmpago, que se esgotou em poucos minutos;
– Outros usuários experimentaram dificuldades ao aplicar o cupom no momento do pagamento pelo alto volume simultâneo de acessos. Estes casos estão sendo verificados e tratados pela equipe de atenção ao consumidor do Mercado Livre;
– Os cupons destinados à ativação na TV Globo, que seriam distribuídos em três inserções na emissora, esgotaram no próprio sábado. Com isso, a ativação que estava prevista para o dia (27/11) foi suspensa.