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Promoções aumentaram ruptura no varejo alimentar

Por: Alice Wakai

Jornalista, atuou como repórter no interior de São Paulo, redatora na Wirecard, editora do Portal E-Commerce Brasil e copywriter na HostGator. Atualmente é Analista de Marketing Sênior na B2W Marketplace.

Os índices de falta de produtos na gôndola registram quatro meses consecutivos de alta, de acordo com levantamento feito em conjunto pela consultoria Nielsen e a Neogrid, empresa especializada em soluções para gestão de supply chain. O levantamento se baseia em dados de mais de dez mil lojas de todo o Brasil.

Os resultados mais recentes são do mês de outubro e mostram que a ruptura atingiu o patamar de 10,55%, ante 9,81% de setembro. Durante todo o ano de 2016, a ruptura nunca esteve abaixo de 9,51%, algo preocupante uma vez que os índices históricos ficam em torno de 8%, segundo os responsáveis pelo estudo.

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Para Robson Munhoz, diretor de relacionamento entre varejo e indústria da Neogrid, a principal razão são as promoções do tipo leve 3 e pague 2 ou com desconto na compra de mais unidades. Elas ganharam bastante relevância neste ano e têm sido muito comuns em super e hipermercados de todo o Brasil, com grande aceitação por parte do público. Essas ações incentivam o giro de maiores volumes, e nem sempre a reposição de estoque e gôndolas acompanhado o ritmo.

Por serem o alvo mais comum de ações promocionais com essas características, alimentos e bebidas são justamente os grupos de produtos mais impactados pela ruptura. Considerando apenas as categorias que respondem por 70% das vendas do varejo alimentar, os cinco campeões em ruptura no mês de outubro foram: leite longa vida (15,97%); sorvetes (15,26%); cervejas (14,31%); feijão (14,05%) e frango in natura (13,94%).

Ao não encontrar o produto desejado, 32% dos clientes trocam de loja, aponta a consultoria Nielsen. “Isso acontece principalmente em categorias de itens pessoais, como higiene e beleza e artigos infantis”, afirma Alexandre Neves Paíga.

Segundo o executivo da Nielsen, o último estudo de disponibilidade em gôndola mostra que 66% dos casos de ruptura acontecem por problemas de execução em loja, como estoque virtual e item estocado mas não disponível na gôndola por demora na reposição.

Fonte: Supermercado Moderno