Logo E-Commerce Brasil

Evento de Saúde & Farma traz insights e os impactos que o setor tem enfrentado no digital

Por: Giuliano Gonçalves

Jornalista do portal E-Commerce Brasil, possui formação em Produção Multimídia pelo SENAC e especialização em técnicas de SEO. Sua missão é espalhar conteúdos inspiradores.

Vivianne Vilela, Diretora de Conteúdo do E-Commerce Brasil, inaugurou a segunda edição da Conferência Saúde & Farma nesta terça-feira (21/05), destacando a transformação digital do setor durante a pandemia. Além de enfatizar o crescimento de serviços como teleconsultas e receitas eletrônicas, a executiva abordou a mudança na percepção do consumidor, que passou a valorizar o autocuidado além do tratamento de doenças.

Imagem de palestrante sobre o palco de evento
No 1º trimestre de 2024, segundo Lorenzetti, o faturamento em “Saúde” no E-commerce foi de R$ 2,44 bilhões. Em comparação com o mesmo período de 2023, há um crescimento de 15,3% da categoria / Foto: Mário Águas

Para trazer um overview do mercado, Juliana Lorenzetti, Diretora de Growth da Confi, apresentou dados reveladores sobre o e-commerce brasileiro. Segundo ela, o levantamento em questão utiliza a inteligência artificial para processar mais de 1,5 milhão de pedidos diários pela Neotrust.

O comércio eletrônico cresceu 35% com a pandemia. Só nesse primeiro trimestre de 2024, o varejo online teve um aumento de 12%”.

Juliana Lorenzetti, Diretora de Growth da Confi

E-commerce de Saúde & Farma

Focando na categoria de Saúde & Farma, Lorenzetti observou um crescimento contínuo desde 2023, exceto durante a Black Friday. “Percebemos que essa categoria se comporta diferente das demais, e não há um aumento significativo na data”.

Além disso, também ficou evidente que, embora consumidores no Sul e no Nordeste comprem produtos digitais, muitos ainda não utilizam serviços de Saúde & Farma online.

No 1º trimestre de 2024, o faturamento em “Saúde” no E-commerce foi de R$ 2,44 bilhões. Em comparação com o mesmo período de 2023, há um crescimento de 15,3% da categoria.

Dentro do primeiro trimestre de 2024, a região Sudeste se destacou com o faturamento da categoria Saúde, com mais de R$ 1,7 mi em vendas, um crescimento de 18,7% em relação ao período de 2023

Impacto das enchentes no Rio Grande do Sul

Lorenzetti trouxe ao evento dados sobre os efeitos das enchentes no Rio Grande do Sul, que com um impacto significativo nas vendas. Ela mencionou que a representatividade do estado nas vendas caiu de 3,4% para 2,8%.

Quando consideradas somente dentro da categoria de Saúde, as vendas sofreram quedas perceptíveis nas primeiras quinzenas de abril e maio, respectivamente

A região metropolitana de Porto Alegre e a fronteira com a Argentina, por exemplo, foram particularmente afetadas, com quedas de vendas de 14,8% e 29%, respectivamente. “Aproximadamente 20% da população foi impactada pela enchente, o que resultou em 26% das pessoas interrompendo compras recorrentes no setor de Saúde”.

Na comparação das primeiras quinzenas de maio e abril, o mapa releva as principais quedas de vendas da categoria de Saúde na região Sul do Brasil. Na região metropolitana de Porto Alegre, a queda de 14,8% foi de grande impacto, uma vez que se trata de um dos pontos com número de vendas

Quando avaliado um público de 45 mil consumidores únicos (que compraram na categoria de “Saúde” na primeira quinzena de abril/24 vs Maio/24), identificou-se uma queda de 26% — representa um impacto de 11.800 consumidores únicos.

O impacto total avaliado na região Sul na categoria de Saúde foi de R$ 2,5 mi ao considerar as primeiras quinzenas de maio e abril

Crescimento de vendas em categorias de saúde

No Brasil, categorias de Saúde & Farma mostraram crescimento nas vendas entre abril e maio apesar de todo o desastre causado no Sul do país.

Neste caso, kits de primeiros socorros cresceram 14%, remédios 11,7%, higiene bucal 9,5%, kits de shampoo e condicionador 6,9% e lenços de papel 4,8%.

Necessidades emergentes

Ao final de sua apresentação, Lorenzetti forneceu um link (QR Code abaixo) com os itens de saúde e farma necessários nos abrigos do Rio Grande do Sul. “É uma forma de auxiliar as pessoas da região afetada em relação às necessidades emergenciais”, concluiu.