Dados da Neotrust mostram que as tendências para o e-commerce brasileiro, em 2023, são de queda em faturamento, vendas e pedidos. Após o boom durante a reclusão exigida pela pandemia, a análise de Luís Cambraia, head de Vendas da empresa, é de que os próximos meses sejam de resiliência e criatividade nas estratégias. Um dos destaques, no entanto, é o segmento Saúde & Farma.
A projeção para o e-commerce geral no Brasil neste período envolve retração em pedidos (13%) e faturamento (7%). Mais do que isso, o cenário entre janeiro e março é de uma macroeconomia sem melhora nos índices, com queda nas vendas e em consumidores únicos (2%).
Por outro lado, de acordo com o especialista, o ticket médio é maior que as negativas em faturamento e pedidos. No mesmo caminho, Saúde & Farma também conta com estes atributos para o ano, com o Canal Farmácia aumentando o faturamento em 40%.
˜O desenvolvimento deste mercado continua no Brasil, mesmo com o quadro mais amplo enfrentando problemas neste ano. A tendência é positiva para Saúde & Farma, despontando como uma das principais apostas de segmentos consolidados˜, explicou Cambraia.
Outro dado interessante sobre a categoria é que 40% dos seus pedidos online são de farmácias. Além disso, o frete grátis é um dos fatores centrais que explicam o sucesso que contraria o e-commerce em geral. Atualmente, são 17% a mais de usuários únicos frente ano passado.
Outras tendências
Além de Saúde & Forma, o estudo da Neotrust, que utilizou sua própria base de cinco mil lojas cadastradas, outras apostas para 2023 foram listadas. São elas:
– Crescimento expressivo em A&B;
– Consolidação das categorias Puts e Farmácia;
– Queda na importância do canal de consumo;
– Pequenos e médios sellers performando melhor que grandes empresas;
– Pix com ainda maior destaque nas transações, principalmente relacionado aos descontos do modelo.
“O caminho para driblar as adversidades no setor está conectado a estratégias ainda mais fluidas e focadas nas experiências dos clientes. Aprimorar a micro segmentação dos consumidores e criar condições de consumo são algumas das formas para isso˜, conclui Cambraia.