
Apontada como a segunda data mais importante no e-commerce, depois do Natal, o número de pedidos se aproxima dos 14,6 milhões, com uma estimativa de faturamento de R$ 7,03 bilhões – um aumento de 25% comparado a 2023 – de acordo com dados divulgados pela ABComm.

“Queremos celebrar a diversidade e a força das mães brasileiras e, para isso, proporcionar uma experiência significativa, onde todas as mães se sintam valorizadas e representadas” é essencial, defende Francislei Donatti, vice-presidente comercial da C&A.
No ano de 2023, o dia das mães computou que 81% dos consumidores comemoraram a data e 72% planejavam presentear alguém. Dentro do e-commerce, o volume de vendas cresceu em 15%, aumentando o ticket médio em 25%, afirma a Opinion Box. Ainda segundo a empresa, 40% dos entrevistados disseram que pretendem pesquisar produtos e ofertas com duas semanas de antecedência da data.
Com relação a preferência de compra, a Opinion Box, ainda evidenciou que 42% optam por sites/e-commerce, 33% em lojas físicas, 32% em sites de pesquisa, 26% no Instagram e 24% nos aplicativos das lojas.

Ademais, para o executivo, as estratégias de comunicação precisam ser estruturadas com antecedência e devem considerar todos os pontos de contato. “A uniformidade em todos os aspectos: do visual ao atendimento, a fim de atrair clientes para dentro da loja e conseguir efetivar vendas” devem ser contemplados.
Um item que não pode faltar nos presentes: logística
Francislei ainda acrescenta: “no Dia das Mães, [é preciso] entregar uma experiência ágil e prazerosa, pois sabemos que procurar o presente perfeito para a pessoa mais importante da vida é uma missão e tanto”.
Para o e-commerce, trabalhar a logística reversa pode ser um desafio, mas é indispensável para os consumidores. Ter a possibilidade de devolução de maneira fácil e prática, especialmente para datas de alta demanda, é um aspecto que as organizações devem investir para assegurar uma boa experiência aos clientes. Porém “isso exige que os negócios se preparem para qualquer tipo de solicitação que envolva o estoque e o reenvio de mercadorias”.
Entendendo porque o consumidor não compra
Considerar os motivos que levam os consumidores a desistirem de uma compra pode ser estratégico para as empresas, compreender as lacunas na hora da venda representa uma oportunidade de negócio. Segundo a Opinion Box, os principais motivos para a não realização da compra são avaliações negativas online (49%), taxas de frete altas (49%) e falta de confiança na loja (46%).

Rodrigo Garcia, diretor executivo da Petina Soluções em Negócios, traz 2 erros para as empresas se manterem atentas.
- Desconsiderar as vendas personalizadas: as comunicações genéricas não funcionam mais para os consumidores; compreender as preferências individuais é essencial no oferecimento de uma experiência marcante. “Personalização não é apenas uma tendência, é uma necessidade”;
- Não planejar adequadamente o estoque: antecipar as tendências de compra e garantir que haja produtos suficientes para os consumidores; subestimar a demanda pode acarretar em problemas de estoque e insatisfação.
- Eficiência no atendimento ao cliente: com a alta demanda, solucionar as consultas e os possíveis problemas dos consumidores deve ser feito de maneira rápida e simples; “um excelente atendimento ao cliente pode fazer toda a diferença na fidelização dos clientes e na reputação da sua marca”, diz o especialista;
- Ofertas especiais: valores especiais tendem a atrair mais clientes, sob um senso de urgência e incentivam os consumidores a comprarem na hora;
- Experiência de compra: oferecer uma experiência de compra simples, desde a seleção do produto até o checkout, possibilita que a compra seja feita rapidamente e sem complicações.
Grandes faturamentos
Além disso, observar as tendências comemorativas pode ser um diferencial importante para as marcas. Donatti, da C&A, ressalta: “a busca por produtos que ofereçam um bom custo-benefício continua forte. As consumidoras desejam encontrar preços acessíveis, mas sem abrir mão da qualidade. A oferta de produtos de qualidade a preços acessíveis é uma demanda”.
Zahra Jivá, diretora global de estratégias para vendas da Pipedrive, apresenta algumas dicas sobre como se preparar e impulsionar as vendas. Primeiramente, o plano de marketing precisa definir prioridades, público-alvo, metas e estratégias de divulgação. Segundo a executiva, estes aspectos são fundamentais para atrair os consumidores certos para o produto ou serviço.
Outra recomendação são ferramentas de organização. Por meio destas, a personalização das estratégias de marketing e vendas é mais assertiva, explica Jivá. Alguns exemplos são os sistemas de CRM, que armazenam informações mais detalhadas sobre cada cliente.
Como terceira opção, usar os dados, coletando e analisando, é uma necessidade para as empresas para entender as motivações e dores dos consumidores. De acordo com a New Voice, 58% dos clientes afirmaram que não consumiriam novamente de uma empresa que tiveram uma experiência negativa; por outro lado, 69% recomendariam uma marca após uma boa experiência.
Por fim, tornar a tecnologia uma aliada das organizações é o último conselho da diretora. Os sistemas de automação contribuem para a eficiência da operação e são uma oportunidade para a empresa priorizar tarefas administrativas e atividades de vendas.
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