Com toda a evolução tecnológica que o mercado de e-commerce atravessa, muitas vezes prestar atenção no básico, na simplicidade, acaba ficando de lado nas empresas. E foi pensando exatamente nessa questão que Fillipi Nobre, Superintendente de Desenvolvimento de Negócios da Elo, trouxe informações muito pertinentes que, na maioria das vezes, as pessoas ainda deixa de lado. Acompanhe as dicas apresentadas no The Future of E-Commerce 21 – Enterprise!
Hoje, o pagamento com cartão (seja de crédito ou débito) representa 49% do consumo das famílias. Sabendo disso, é preciso entender que os processos para o pagamento devem ser simplificados: “Por conta da pandemia entraram milhões de novas pessoas para o e-commerce. Ou seja, eu tenho pessoas em minha plataforma que não são familiarizadas com essa compra. E é por isso que eu devo olhar para além das soluções apresentadas, pois muitas vezes o básico a ser corrigido está dentro do dia a dia operacional do meu negócio”, disse Nobre.
Diante disso, ele lançou algumas provocações, como: “Quando foi a última vez que você fez algo novo? Quando você comprou na sua própria loja? Ou melhor, quando você fez uma compra no seu concorrente para descobrir o que fazem de novo? Se já faz tempo, faça agora, a fim de entender como está a jornada do seu negócio”. Para Nobre, o “fazer ser simples” deve ser para todas as pessoas, e não apenas para nós. Afinal, como mencionado, muitas pessoas não sabem como é o dia a dia de um e-commerce.
Simplicidade em todo os pontos
Um dos dados apresentados por ele foi de que o abandono de carrinho representa 50% da não-conversão. A partir disso, portanto, é preciso fornecer o máximo de informação ao cliente para evitar esse caso. “Costumo dizer que em algum momento as ferramentas do e-commerce devem ser avaliadas. Será mesmo que o meu atendimento por chatbot funciona? Às vezes é melhor usar um atendimento humano, mas que ‘fale’ com o meu cliente, do que insistir em uma ferramenta que, para aquele caso, não funciona. Afinal, o momento da venda é algo mágico, e deve estar muito bem estruturado”.
Se a sua plataforma é capaz de vender utilizando o mínimo de dados do usuário, talvez seja essa a razão do crescimento das vendas. Isso porque, de acordo com Nobre, “precisamos pedir o mínimo de dados possível para converter mais. Há negócios que pedem gênero, escolaridade, renda… Será mesmo que isso é necessário para algo? No meu ponto de vista, além do risco de ofender as pessoas, não acrescenta nada de positivo na jornada, a não ser mais atrito”. Em sua opinião, conseguir uma maneira de adquirir outros dados após a venda concluída seria o melhor dos mundos, principalmente para o comprador.
Formas de pagamento
Uma grande oportunidade de conversão, para Nobre, é permitir o uso de mais de um cartão para concluir a compra. “Percebo que hoje muitas pessoas se utilizam da oportunidade do limite dos cartões, e por isso compram pagando em diferentes formas”. Outra possibilidade oportuna, de novo, envolve a simplicidade. “Eu não posso dificultar o checkout com termos técnicos complexos, como o CVV. Para isso, posso deixar uma imagem que explique a sigla do cartão. O mesmo vale para o campo da validade, onde na maioria dos casos tem somente 2 dígitos para mês e ano, e não quatro. Portanto, corrija isso no seu e-commerce para não perder a venda”.
E a simplicidade que Nobre destaca não para por aí! Explicar ao usuário o que é o BIN (6 primeiros números do cartão), assim como destacar emissor, tipo de cartão, bandeiras, etc. “Uma simples mudança no checkout pode trazer muito resultado positivo”, finalizou.
Por Giuliano Gonçalves, da redação do E-Commerce Brasil