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87% dos brasileiros compram online e são cada vez mais adeptos do Social Commerce

Por: Júlia Rondinelli

Editora-chefe da redação do E-Commerce Brasil

Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero e especialização em arte, literatura e filosofia pela PUC-RS. Atua no mercado digital desde 2018 com produção técnica de conteúdo e fomento à educação profissional do setor. Além do portal, é editora-chefe da revista E-Commerce Brasil.

Em seu mais recente estudo, a All in, plataforma que une dados de consumo, tecnologia e humanização para ajudar empresas a otimizarem seus resultados, em parceria com a Opinion Box, acaba de analisar as tendências de consumo nas redes sociais, pautadas em novos modelos de venda online como o Social e o Live Commerce, ambos realizados exclusivamente nas redes sociais.

Segundo dados da pesquisa, 87% dos consumidores já fazem compras online, e outros 75% usam as redes sociais para buscar produtos. A pesquisa possui um grau de confiança de 95%, tendo ouvido 1.087 pessoas, sendo homens e mulheres de várias classes sociais, com idade acima de 16 anos.

“Os consumidores desenvolveram mais confiança para realizar compras digitais em decorrência da pandemia e esses novos hábitos resultam na necessidade de desenvolvimento desse mercado, a fim de atender as demandas dos consumidores que seguem em constante evolução”, afirma Ricardo Rodrigues, head de produto na All in.

Hábitos de consumo

O mercado de consumo nacional voltado para o varejo sofreu fortes mudanças desde 2020, quando o comércio eletrônico ganhou força frente às fases de isolamento e atingiu níveis surpreendentes de vendas online. Desde então, os hábitos dos consumidores se moldaram diante da disponibilidade do setor, e com isso, o mercado online se expandiu e novos formatos de vendas começaram a surgir.

É o caso do Social Commerce, uma vertente do e-commerce que acontece de forma exclusiva, nas plataformas de redes sociais, e o Live Commerce, modelo de vendas, nascido na China, que surgiu como uma evolução das práticas de venda tradicionais que aconteciam de forma ao vivo na TV, e agora migraram para as lives de perfis sociais.

Segundo a análise, 61% dos consumidores são adeptos ao Live Commerce pelos descontos exclusivos das transmissões. Além disso, o Instagram obteve destaque como a rede social mais utilizada para pesquisar, comprar e avaliar produtos, sendo 70%

Ao todo, 31% dos consumidores afirmam que tem costume de comprar mensalmente e 21% já compram online toda semana.

*dados referentes aos 87% dos consumidores que afirmaram ter o hábito de fazer compras online

Onde a jornada começa

A pesquisa também analisou a relação de procura e compra, e, conforme apurado, 75% dos consumidores optam por buscar produtos nas redes sociais, a começar pelas informações sobre preços ou a visibilidade de experiência que outros clientes tiveram com determinada marca.

“Esse movimento reforça a necessidade das lojas online mostrarem o máximo sobre os produtos que ofertam, uma vez que não é possível ter uma experiência presencial como na loja física — e então as redes sociais podem ser grandes aliadas ao exibir vídeos do produto em diversos ângulos e dispondo de todas suas ferramentas. Além de dar engajamento, estratégias como esta satisfazem o cliente e garantem maior confiança sobre o item vendido”, completa Rodrigues.

Já com relação ao público ouvido para a pesquisa, 64% das mulheres procuram por comentários sobre a experiência de compra de outros consumidores (avaliações), contra 55% dos homens. Além disso, 65% do público AB procura por mais imagens e fotos de produtos nas redes sociais, contra 55% CDE.

Outro dado interessante está atrelado a confiança. A ameaça existente de golpes online é um receio para 52% das pessoas que realizam compras via plataformas digitais. Nesse sentido, um ponto importante para 28% dos consumidores é o fato de terem um atendimento mais rápido e eficiente, o que reflete na necessidade de investimento, por parte das empresas, em um atendimento especializado, pautado em uma oferta sólida de customer experience do início ao fim da jornada de compras do cliente.

Uma informação interessante apurada se baseia no perfil dos consumidores presentes em cada rede social, com isso, 48% das pessoas de faixa etária 50+ preferem o Facebook para compras, contra 42% de 30 a 49 anos e 32% de 16 a 29.

Tradicionais

Ainda assim, mesmo diante do alto desempenho do Social Commerce e aumento nas vendas deste novo formato, há ainda quem prefira realizar as compras nos sites ou aplicativos oficiais das marcas, assim, 78% dos entrevistados preferem realizar compras nessas plataformas. Vale se atentar ao fato de que as redes sociais ainda não disponibilizam o carrinho de compras e métodos de pagamento para finalizar as compras por lá.

Mas, para quem prefere comprar pelas redes sociais, 55% acreditam que é mais fácil para pesquisar e 45% optam pela praticidade. Com isso, um destaque importante é que as redes sociais trouxeram mais chances de venda a lojas que não possuem uma estrutura de site/ aplicativo e podem vender por DM, WhatsApp e ainda contam com uma vitrine online.

“Todos esses dados são importantes para apresentar um novo cenário para os varejistas e dar acesso à informações relevantes que com certeza irão contribuir para possíveis melhorias e investimentos em seus perfis nas redes sociais, além de guiá-los durante a constante evolução dos modelos de venda no comércio online”, finaliza Ricardo.

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