O e-commerce brasileiro sofreu quase 785 mil tentativas de fraudes apenas no primeiro trimestre de 2022, um aumento de 23,6% em relação ao mesmo período de 2021. Como comparativo, as tentativas de fraudes em 2021 (também no 1º trimestre) já foram 83,7% maiores em relação a 2020. No ano passado, foram registrados 635 mil pedidos potencialmente fraudulentos.
Os dados são extraídos de um total de 39 milhões de pedidos analisados pela ClearSale. Apesar do crescimento, o levantamento mostra que as tentativas de fraudes representaram apenas 2% do total de pedidos no varejo digital.
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“Os números confirmam uma tendência que apontávamos: quanto maior o fluxo de usuários no e-commerce, maior é a quantidade de estelionatários tentando aplicar golpes e explorar a inexperiência dos entrantes no mercado. Apesar disso, a baixa porcentagem dos pedidos potencialmente fraudulentos mostra uma maior maturidade das pessoas e das empresas em relação à cibersegurança. Afinal, as compras digitais se tornam, cada vez mais, um hábito diário”, aponta Rodrigo Sanchez, diretor executivo Comercial da ClearSale.
Produtos
No primeiro trimestre de 2022, os celulares continuaram como líderes no ranking de categorias com mais tentativas de fraude, com 7,1% do total de vendas. Depois deles, estão:
- eletrônicos (7%);
- informática (5,4%);
- ar-condicionado (4,8%);
- e itens automotivos (4,7%).
Regionalmente
Observando por estados e regiões, chama atenção que, pelo terceiro ano seguido, considerando os balanços de primeiro trimestre, a região Norte é a que tem, em números proporcionais, a maior quantidade de tentativas de fraude (em 2021, a região sofreu 4,2% tentativas de fraude no mesmo período). Confira a seguir a proporção de tentativas de fraudes no e-commerce por região:
- Norte: 3,5%;
- Nordeste: 2,7%;
- Centro Oeste: 2,4%;
- Sudeste: 1,9%
- Sul: 1,1%.
Mercado Financeiro e Telecomunicações
Ao contrário do e-commerce, os mercados financeiro e de telecomunicações apresentaram queda nas tentativas de fraude no período. Afinal, as transações financeiras registraram 228.086 pedidos potencialmente fraudulentos, montante 18% menor no comparativo. Por outro lado, telecomunicações sofreu 100.051 possíveis golpes, número que representa diminuição de quase 56% em relação ao mesmo trimestre do ano passado.
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