Convidados ao palco Connected Future, Andrea Stoll, líder de e-commerce e painel de lares BR, e Luiz Davison, gerente de customer success e-commerce, da NIQ, trazem um panorama sobre as principais tendências e o cenário atual do mercado de e-commerce durante o Vtex Day 2024.
Sendo o segundo maior canal em faturamento, o comércio eletrônico continua a crescer, com um total de R$ 1,3 trilhões. Após a pandemia havia uma dúvida, esclarecem os executivos, se o canal continuaria a crescer com a retomada do comércio físico.
Andrea defende: “a necessidade que o e-commerce atende, praticidade e tempo, vai continuar existindo”.
O crescimento permanece, porém não ao mesmo nível observado na pandemia. A base de clientes interessados em realizar suas compras por meio do online aumentou, portanto o crescimento, apesar de menor, se mantém expressivo para o ano de 2023.
“A dinâmica do consumidor muda dependendo do que ele quer comprar, ele pode comprar a mesma coisa em locais diferentes”, afirma Davison.
Destaque ao FMCG
Os produtos de giro rápido (FMCG) são um dos maiores destaques no e-commerce, correspondendo a 16% do que é vendido. Segundo Stoll, o crescimento nessa categoria de produtos se relaciona com um aumento no número de consumidores do comércio digital.
Davison afirma: “seria bom se a geração de demanda do shopper fosse super matemática: os canais aumentam e o fluxo de compra aumenta, mas não é assim. De fato houve um aumento de 25% na ocasião de compra, mas houve uma perda de 4% no valor gasto”.
Atualmente, 47% das compras são jornadas de abastecimento e de reposição, que refletem majoritariamente no aumento dos produtos de FMCG.
“O principal destaque fica com a categoria de alimentos, a contribuição dela chega a 60% do crescimento desses produtos”, declara Luiz.
Cuidados para o varejo do futuro
Os palestrantes ainda apresentam quatro tendências que são indispensáveis para a construção de um varejo mais conectado com os consumidores.
A primeira tendência foi chamada de ‘movidos por novos meios’, retratando a busca constante dos clientes por novas formas de encontrar os produtos. Davison revela que o crescimento das redes sociais orientou uma série de mudanças nas ideologias dos consumidores para buscar os itens. De acordo com o executivo, 50% dos clientes declararam que são influenciados pelas propagandas nas redes sociais.
Além disso, o Instagram aparece com a maior aderência, chegando a 50% com uma média de utilização maior do que 1 hora diária. No caso específico da categoria de perfumaria, os palestrantes destacam que 44% dos consumidores chegam por meio das redes sociais.
Em segundo lugar, os clientes não abrem mão de confiança. Estando, cada vez mais, exigentes os consumidores procuram por opções seguras no momento de comprar, sendo que 55% alegaram que o medo de fraude ou golpe é um obstáculo. Ademais, 68% levam em consideração as avaliações dos produtos visitados no site.
Ao final, o último ponto abordado foi o aumento das exigências quanto às experiências. Uma média de 52% dos clientes já abandonaram uma compra por conta de alterações no preço durante a finalização. Além disso, 48% indicam que a falta de informação sobre produtos, preços ou condições são um obstáculo.
Um destaque é que mais de 47% avaliam como boa a experiência de comprar no site e retirar na loja.
“Eu preciso lembrar que o shopper vai acessar meu canal com muito mais frequência para interação e por conta disso precisamos, como marca, garantir que a experiência seja boa para que ele procure por outras categorias”, finaliza Stoll.
Para resumir a realidade atual do mercado e seus possíveis desdobramentos, 4 pilares foram desenhados: constante evolução, FMCG em destaque, pure players – lojas exclusivas no canal online se destacam e trabalham melhor categorias de giro rápido e, por fim, a jornada do shopper.