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Ucrânia: gigantes do varejo apoiam o país em meio à invasão russa

Por: Lucas Kina

Jornalista e repórter do E-Commerce Brasil

A guerra entre Rússia e Ucrânia já deixa sequelas para a população do país. Uma semana após o início da invasão ao território ucraniano, grandes varejistas do mundo demonstram empatia e desagrado com a situação.

Tendo em vista o momento vivido no Leste Europeu, algumas delas estão movimentando redes de doações e trabalhos para auxiliar, direta ou indiretamente, a Ucrânia. Com ataques e cidades tomadas por tropas russas, essas empresas não viram outra opção.

Veja, abaixo, as ações de cada companhia:

Ucrânia e o varejo mundial

Kurt Geiger

O varejista de calçados Kurt Geiger doou os lucros da loja na semana passada, um total de 50 mil libras, para apoiar o Apelo de Crise da Cruz Vermelha Britânica na Ucrânia. A organização está trabalhando com a Sociedade da Cruz Vermelha Ucraniana e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha para ajudar a reparar casas, centros de saúde, escolas e centros comunitários que foram danificados durante os combates.

As doações também ajudarão as instituições de caridade a apoiar hospitais e unidades de saúde primária com medicamentos e equipamentos médicos.

“Atualmente, existem centenas de milhares de ucranianos que precisam de apoio financeiro, prático e emocional. Esta é uma situação de sofrimento humano e acreditamos que temos a obrigação moral de estender a mão e ajudar de qualquer maneira que pudermos”, afirma Neil Clifford, CEO da Kurt Geiger.

Etsy

A Etsy renunciará a todas as taxas devidas pelos vendedores ucranianos, somando aproximadamente US$ 4 milhões. A empresa diz estar comprometido em “criar oportunidades e oferecer assistência em tempos de angústia ou injustiça”.

Os saldos baixados incluem taxas de listagem, taxas de transação, taxas de publicidade e muito mais. Em uma postagem no blog, o Josh Silverman, CEO da Etsy, fala que entrou em contato com os vendedores da região para garantir que eles saibam como acessar ajuda com suas contas ou suspender temporariamente suas lojas. A ideia é que a medida alivie parte do fardo das pessoas afetadas pelo conflito coma Rússia.

Tesco

Com bom relacionamento na Europa Central, incluindo Hungria e Eslováquia, a Tesco informou por meio do CEO da região, Matt Simister, que está entregando pacotes de ajuda para ucranianos deslocados em toda a Europa Oriental.

“Direcionados pela Cruz Vermelha, nossas doações iniciais foram alimentos, água, produtos de higiene e roupas, mas nossa ajuda humanitária evoluirá com as necessidades dos impactados/deslocados”, escreve.

A Tesco Mobile também reduziu o custo das ligações para números ucranianos para permitir que as pessoas mantenham contato com seus entes queridos no país. Os clientes agora podem ligar para números ucranianos como qualquer outro país da União Europeia (UE) e, da mesma forma, na Ucrânia, os preços de roaming são aplicados como na UE.

Apple

A gigante da tecnologia Apple interrompeu as vendas de produtos e serviços na Rússia. O fabricante e varejista de tecnologia cita preocupação com a invasão do território ucraniano e com a violência do ato russo. A ideia, estimulada por Mykhailo Fedorov, ministro digital da Ucrânia, visa estimular jovens russos a protestarem contra o conflito.

Pandora

A Pandora doou US$ 1 milhão para os esforços do Unicef ​​para ajudar crianças afetadas pela crise humanitária. Para Alexander Lacik, CEO da empresa, o objetivo é ajudar crianças com alimentos, remédios e abrigo.

“Desejamos ajudar as crianças da Ucrânia e suas famílias neste terrível conflito. Eles precisam de abrigo, água, comida, remédios, zonas seguras e outros apoios para sobreviver à crise. O trabalho do Unicef ​​é crítico e desesperadamente necessário”, diz.

A diretora de angariação de fundos e parcerias privadas da Unicef, Carla Haddad Mardini, disse que a doação foi oportuna e significativa em tamanho. “Quando parceiros, como a Pandora, respondem rapidamente ao nosso apelo humanitário, isso nos ajuda a agir com rapidez e prestar assistência àqueles que mais precisam. Em crises, o tempo é tudo”,  pontua.

Marks & Spencer

A M&S também apoia o Unicef ​​e nesta semana incentivou os compradores a selecioná-lo como sua instituição de caridade escolhida ao usar seu cartão de fidelidade Sparks e prometeu dobrar a doação que faz toda vez que um cliente compra.

Os rendimentos vão financiar o apelo emergencial do Unicef ​​para ajudar a proteger as crianças na Ucrânia e dar-lhes acesso a suprimentos essenciais.

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Fonte: Retail Gazette