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Usuários desejam dos criadores de aplicativos melhor proteção contra fraudes

Por: Giuliano Gonçalves

Jornalista do portal E-Commerce Brasil, possui formação em Produção Multimídia pelo SENAC e especialização em técnicas de SEO. Sua missão é espalhar conteúdos inspiradores.

De acordo com um relatório baseado em mais de 25 mil consumidores, a Appdome afirma que uma grande maioria (82,4%) está exigindo uma nova abordagem para a fraude móvel — preveni-la proativamente antes que aconteça, ao invés de reembolsos após a ocorrência da fraude.

Imagem de diversas pessoas utilizando smartphones
Quatro em cada dez pessoas (41,8%) afirmam que elas, um familiar ou um amigo foram vítimas de um ataque cibernético, fraude móvel ou malware

Edik Mitelman, vice-presidente sênior da AppsFlyer, lembrou da importância de se utilizar tecnologias de privacidade, como uma Data Clean Room, juntamente com outros métodos de privacidade. Segundo ele, a adoção dessas ferramentas não apenas protege os dados do usuário, como cultiva confiança, acelera o crescimento e estabelece o aplicativo como uma marca líder no cenário competitivo.

Responsabilização pela experiência do consumidor

De volta à pesquisa, mais da metade dos consumidores entrevistados (56,2%) dizem que marcas e desenvolvedores de aplicativos móveis devem ser responsáveis pela experiência segura. Outro ponto observado é que quatro em cada dez pessoas (41,8%) afirmam que elas, um familiar ou um amigo foram vítimas de um ataque cibernético, fraude móvel ou malware.

A falta de proteções dentro do aplicativo contra ameaças de segurança, fraudes e malware pode ter consequências graves para as marcas, com 73,7% dos consumidores afirmando que provavelmente ou muito provavelmente deixariam de usar um app se este sofresse uma violação. Da mesma forma, 67,5% dos consumidores afirmaram que deixariam de usar um aplicativo móvel apenas com base na percepção de que o aplicativo carecia de proteção suficiente.

Por outro lado, as marcas de aplicativos móveis podem colher recompensas ao proteger seus usuários finais. Uma esmagadora maioria de 93,6% dos consumidores diz que se engajariam em múltiplas formas de defesa da marca para aplicativos móveis que atendessem ou superassem suas expectativas de segurança, contribuindo para o sucesso do aplicativo.

Segurança em relação a recursos

Com os consumidores cada vez mais migrando dos canais baseados na web, surgiu uma forte demanda por segurança de aplicativos móveis. Para 85,6% dos entrevistados, protegê-los contra ameaças de segurança, fraudes e malware é igualmente ou mais importante do que novos recursos.

Da mesma forma, 48,4% dos consumidores globais afirmaram que exigem “a melhor proteção” ao usar aplicativos móveis — ou seja, “proteger o login e os dados, impedir malware e prevenir fraudes móveis”. Isso é 554% maior do que o número de consumidores globais que disseram que proteger apenas o login era suficiente. Essas revelações devem estimular marcas de consumo e equipes de cibersegurança a trabalhar juntas e direcionar sua mentalidade e orçamentos de segurança para celular em primeiro lugar.

Perfil dos consumidores por aplicativos

Consumidores mais jovens superam seus colegas mais velhos quando se trata do uso de aplicativos móveis em geral e especificamente para fazer compras. Por exemplo, 59,6% dos consumidores de 25 a 44 anos e 51,5% dos consumidores de 18 a 24 anos preferem usar aplicativos móveis para compras, em comparação com apenas 41,7% dos consumidores com mais de 45 anos.

Em todos os grupos etários, o uso de aplicativos móveis está acima dos canais digitais/web. Mais de 40% dos consumidores estão passando mais tempo em aplicativos móveis, sendo que aplicativos de compartilhamento de caronas, saúde e bem-estar, e viagens são os que mais ganham em uso, com aumentos de 17,3%, 13,3% e 8,6%, respectivamente, na comparação de 2023 com 2022.

Para 55,1% dos consumidores globais, “fraude sintética” — que inclui roubo de identidade, apropriação de contas (ATOs), aplicativos/transações falsas e ataques similares — é posicionada como seu maior medo ao usar aplicativos móveis. Outros 23,9% acreditam que a marca ou desenvolvedor móvel não se preocupa com suas necessidades de segurança. Essa última, inclusive, é a preocupação de crescimento mais rápido, subindo de apenas 6,7% em 2021 para 256%.