Em maio, os associados do IDV apontaram alta de 4,4% nas vendas
Com a recuperação do setor de bens não duráveis, as projeções do IAV-IDV (Índice Antecedente de Vendas), estudo realizado mensalmente com os associados do IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo), são de altas de 6,4% a 8,3% entre junho e agosto, em parte influenciadas pela expansão da rede de lojas. Além das festividades da Páscoa deste ano terem caído em março (ao contrário de 2012, quando ocorreram em abril), a inflação de alimentos, muito acima do índice médio dos preços, também havia afetado fortemente o segmento dos não duráveis, de maior peso nas aferições do setor. Em maio, o IAV-IDV apontou alta de 4,4% nas vendas.
No entanto, após estes impactos, o setor de bens não duráveis, que corresponde pelas vendas de alimentos, entre outros, aponta recuperação a partir de maio. Assim, ele teve alta de 5,7% no mês passado, em comparação com o mesmo período do ano anterior, e, para junho, os associados estimam crescimento de 5,6%. Vale ressaltar que o desempenho desta categoria tem o maior peso nas medições do IAV-IDV, bem como do IBGE, e contribuem historicamente entre 40% e 50% de participação no índice da Pesquisa Mensal do Comércio calculado por este órgão do governo.
Já o setor de bens semiduráveis (vestuário, calçados, livrarias e artigos esportivos), que passou alheio ao “efeito calendário” da Páscoa, é o grupo com desempenho mais constante no período. Os associados apontam alta de 9,7% em junho, 9,4% em julho e 10,2% em agosto. Em maio, a alta foi de 6%.
Para o setor de bens duráveis, diante do retorno gradual das alíquotas originais do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para linha branca e móveis até junho deste ano, os associados estimam taxas de crescimento de 5,2%, 5,2% e 5,0% para junho, julho e agosto, respectivamente, na comparação com os mesmos meses de 2012. Já em maio, a alta foi de 2%.
De acordo com o presidente do IDV, Flávio Rocha, o indicador de maio do IAV-IDV mostrou retomada do crescimento do varejo em comparação ao primeiro quadrimestre do ano. Por outro lado, os desdobramentos econômicos e sociais das duas últimas semanas exigem uma análise em relação aos próximos meses. “O momento econômico e social exige foco e atenção para uma boa compreensão de seus desdobramentos, seu impacto sobre nosso setor e as medidas necessárias para melhor enfrentá-lo. São várias variáveis em jogo: câmbio, inflação, juros, renda, confiança, que, juntas, determinarão o comportamento do consumo e das vendas do varejo no segundo semestre.”
Por: Falando de Varejo