As vendas do comércio por meio da internet tiveram um aumento expressivo nos últimos anos, mas as tradicionais lojas de rua ainda são responsáveis por mais de 95% da receita do setor, mostra a Pesquisa Anual do Comércio (PAC), divulgada nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o levantamento, a receita do setor, mostra a Pesquisa Anual do Comércio (PAC), divulgada nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o levantamento, a receita bruta de vendas do varejo pela internet cresceu 290,4% entre 2007 e 2014, já descontados os efeitos da inflação. Ao longo desse período, o faturamento nessa modalidade de venda passou de R$ 7,7 bilhões para R$ 30,2 bilhões.
O comércio pela internet representa apenas 2,2% de todo faturamento do setor, mas cresce acima da média do varejo. Segundo o IBGE, a receita bruta do comércio varejista, incluindo todas as formas de comercialização, teve aumento real de 86,5%, saindo de R$ 753,3 bilhões, em 2007, para R$ 1,4 trilhão, em 2014.
A venda em locais físicos, ou seja, lojas, postos de combustíveis, boxes em mercado, depósitos, galpões, armazéns e salas ainda predomina largamente no comércio varejista, mas perdeu participação na receita bruta desse setor, entre 2007 (96,9%) e 2014 (95,9%).
Já as vendas pela internet duplicaram sua participação (de 1,0% para 2,2%, no período), enquanto as televendas cresceram quase na mesma intensidade (de 0,5% para 0,9%). As outras formas de comercialização (quiosques e traillers, correio, porta a porta, postos móveis, ambulantes etc.) perderam participação no período (de 1,6% para 1,0%).
Assim como o comércio pela internet, as televendas (via canais de televisão) também aumentaram de forma expressiva, de R$ 3,7 bilhões para R$ 12,6 bilhões de 2007 a 2014, uma alta real de 236,3%.
Atacado e varejo
Entre 2007 e 2014, o varejo aumentou sua participação na receita do comércio (de 39,8% para 43,4%). Por outro lado, comércio atacadista recuou (de 44,9% para 44,4%), assim como o comércio de veículos automotores, peças e motocicletas (de 15,4% para 12,2%).
O Brasil tinha em 2014, no total entre atacado e varejo, 1,6 milhão de empresas comerciais, que geraram R$ 3,0 trilhões de receita operacional líquida e pagaram R$ 186,3 bilhões em remunerações a 10,7 milhões de trabalhadores. O Sudeste manteve participação majoritária nas principais variáveis do comércio em 2014: receita bruta de revenda (51,1%); remunerações (55,5%) e ocupados (51,2%), além de pagar o maior salário médio (2,0 salários mínimos).
Fonte: IBGE